
quarta-feira, março 27, 2019
terça-feira, março 26, 2019
Pastoras teólogas feministas ativistaElas denunciam o machismo e protestam
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Elas protestam e denunciam o machismo, a cultura do ódio, o racismo, o ódio, a LGBTfobia e a intolerância religiosa, étnica/religiosa. São elas: Ivone Gebara, Alexya Salvador, Luzmarina Garcia, Odja Barros, Maria José Rosado,Camila Mantovani, Nancy Cardoso, Vanessa Barboza, Romi Bencke, Valéria Vilhena |
segunda-feira, março 25, 2019
SEGREGAÇÃO RACIAL nos Estados Unidos, Década de 50 - A Luta Incessante de Mulheres Americanas.
Ruby Bridges, menina que enfrentou racismo nos Estados Unidos Década de 60 do século 20
Em 1960, a Suprema Corte americana ordenou que todas as escolas públicas do país cessassem a segregação racial e passassem a integrar alunos negros em suas salas de aula. Neste contexto, a família da garota Ruby Bridges decidiu matriculá-la em um colégio “All White” de Nova Orleans, chamado William Frantz. Seu pai era relutante, mas a mãe disse que a mudança era necessária não apenas por uma melhor educação para sua filha, mas também para “dar um passo a frente à todas as crianças afro-americanas”.
Temendo algum tipo de represália, seus pais pediram escolta da polícia local, para que Ruby pudesse ir à escola em segurança.
Para surpresa (nem tanto) da família, a polícia da cidade recusou o pedido, e disse que não ajudaria na segurança da garota. Com isso, a presença dos oficiais federais foi solicitada e, assim, a menina pôde caminhar de sua casa até à escola (é esta a cena que a pintura de Normam faz referência). Chegando no colégio, uma multidão de pais enfurecidos protestavam contra a presença da negra no colégio. Insultavam e, até mesmo, ameaçavam a integridade física da família Bridges.
Quando perceberam que a inclusão da garota no colégio era inevitável, os pais dos alunos brancos resolveram entrar no colégio e retirar seus filhos do local; os professores também se recusaram a ensinar a garota. Barbara Henry, uma jovem docente, foi a única que se mostrou disposta a ser professora de Ruby e, com isso, a criança resolveu continuar no colégio, mesmo com tantas manifestações contra.
Durante todo o ano letivo, Ruby era ensinada em uma classe que só tinha ela como aluna. Nos primeiros dias conviveu com ameaças de morte, inclusive por funcionárias do colégio, que ameaçavam envenenar sua comida. Os agentes federais decidiram que a garota só poderia consumir alimentos trazidos de casa pela própria aluna. Outra funcionária colocou uma boneca negra em um caixão de madeira e protestou com ela fora da escola.
A família de Bridges sofreu com todo este processo: seu pai perdeu o emprego, e seus avós (que eram meeiros no Mississippi) foram desligados de suas terras. O acontecimento, porém, possui alguns bons exemplos. A comunidade negra, com alguns poucos integrantes brancos opostos ao racismo, tentaram ajudar. Um vizinho conseguiu outro emprego para seu pai. Além disso, algumas famílias brancas continuaram a enviar seus filhos ao colégio.Temendo algum tipo de represália, seus pais pediram escolta da polícia local, para que Ruby pudesse ir à escola em segurança.
Para surpresa (nem tanto) da família, a polícia da cidade recusou o pedido, e disse que não ajudaria na segurança da garota. Com isso, a presença dos oficiais federais foi solicitada e, assim, a menina pôde caminhar de sua casa até à escola (é esta a cena que a pintura de Normam faz referência). Chegando no colégio, uma multidão de pais enfurecidos protestavam contra a presença da negra no colégio. Insultavam e, até mesmo, ameaçavam a integridade física da família Bridges.
Quando perceberam que a inclusão da garota no colégio era inevitável, os pais dos alunos brancos resolveram entrar no colégio e retirar seus filhos do local; os professores também se recusaram a ensinar a garota. Barbara Henry, uma jovem docente, foi a única que se mostrou disposta a ser professora de Ruby e, com isso, a criança resolveu continuar no colégio, mesmo com tantas manifestações contra.
Durante todo o ano letivo, Ruby era ensinada em uma classe que só tinha ela como aluna. Nos primeiros dias conviveu com ameaças de morte, inclusive por funcionárias do colégio, que ameaçavam envenenar sua comida. Os agentes federais decidiram que a garota só poderia consumir alimentos trazidos de casa pela própria aluna. Outra funcionária colocou uma boneca negra em um caixão de madeira e protestou com ela fora da escola.
A família de Bridges sofreu com todo este processo: seu pai perdeu o emprego, e seus avós (que eram meeiros no Mississippi) foram desligados de suas terras. O acontecimento, porém, possui alguns bons exemplos. A comunidade negra, com alguns poucos integrantes brancos opostos ao racismo, tentaram ajudar. Um vizinho conseguiu outro emprego para seu pai. Além disso, algumas famílias brancas continuaram a enviar seus filhos ao colégio.
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A história de Dorothy Count
Exemplo de coragem e luta contra a discriminação racial
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© Foto de Douglas Martin.
A jovem Dorothy Count, uma das primeiras estudantes "negras" em colégio de brancos, é vitima de preconceito racial, 1957.
Em 1957, a jovem Dorothy Count, de 15 anos, foi uma das primeiras estudantes "negras" a ser admitida no recém-desagregado colégio "Harry Harding High School", no estado da Carolina do Norte, EUA. Repórteres e fotógrafos testemunharam e registraram a violência que eclodiu quando Dorothy Counts apareceu para seu primeiro dia no colégio onde estudavam somente alunos brancos. As pessoas atiraram pedras e gritaram "Volte de onde veio". Dorothy caminhou sem reagir, diante da multidão que a acompanhava com gestos obscenos e gritando palavras de ordem. Após uma série de ameaças telefônicas e depois de 04 dias de intensiva hostilidade, seu pai decidiu tirá-la da escola. A foto foi vencedora do "World Press Photo" de 1957. |
sábado, março 09, 2019
Mulher negra pioneira na politica brasileira
A filha de uma ex-escrava teve papel fundamental na luta pela igualdade racial e pelos direitos das mulheres no Brasil. Antonieta de Barros foi a primeira mulher negra a ser eleita deputada no Brasil. Em 1935, ela conquistou nas urnas uma vaga para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina.
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Filha de ex-escrava foi a primeira deputada negra no Brasil |
Mulheres que mudaram o curso da história delas e dae todas as mulheres que as sucederam
Malala Yousafzai:
jovem ativista e lutadora pelos direitos civis no Paquistão, onde o Grupo Talibãhavia proibido a entrada de meninas nas escolas. Com a sua insistência em estudar quase perdeu a vida. Ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2014.
Virginia Woolf:
escritora inglesa, considerada ícone do feminismo literário do século 20
Frida Kahlo:
artista plástica mexicana considerada inovadora e que atingiu o patamar das mulheres mais famosas do século 20.
Hedy Lamarr:
atriz hollywoodiana, considerada sex symbol, famosa pela sua beleza, desenvolveu um sistema de comunicação em que se baseou todas las tecnologias existentes na atualidade. Foi uma das precursoras do atual WIFI.
Na foto: Malala Yousafzaia, Virginia Woolf, Frida Kahlo, Hedy Lamarr
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Filósofa brasileira é apontada como “personalidade do amanhã” na França

Djamila Ribeiro, pesquisadora e mestra em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo, foi escolhida pelo governo da França ao programa “Personalidade do Amanhã”. O projeto seleciona uma pessoa por país da América Latina e Caribe por sua projeção atual e impacto no futuro.
Djamila é conhecida nacionalmente pelo seu ativismo nas redes, discutindo em publicações temas voltados ao racismo e ao feminismo negro. Ela também tem livros recordistas de vendas, como “O que é lugar de fala?”, publicado em 2017, e “Quem tem medo do feminismo negro?”, de 2018.
FEMINICÍDIO NO BRASIL (2) - ANO: 2019
JOVEM DE 19 ANOS ASSASSINADA EM SÃO PAULO - Dia 06/03/2019 - FOI QUEIMADA VIVA
BASTA DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
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Isabela Miranda de Oliveira não resistiu as queimaduras e morreu
Ela foi vítima de violência pelo namorado.O feminicídio aconteceu durante um churrasco em Franco da Rocha, na Grande São Paulo. Além de agredida pelo namorado, ele, não satisfeito, depois jogada em um colchão em chamas, tendo 80% do corpo queimado. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
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quinta-feira, março 07, 2019
Tem Mulher Compositora Participante da Autoria do Samba Campeão da Mangueira
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O mundo do samba tem mulheres, mas elas acabam invisíveis – conta Manu, uma das compositoras do samba campeão da Mangueira, que não assinou por já estar concorrendo em outra escola. |
Astrofísica brasileira vence prêmio da ciência mundial
Fonte: SIMI - Sistema Mineiro de Inovação
Marcelle Soares-Santos foi reconhecida pela Fundação Alfred P. Sloan, que seleciona os melhores jovens cientistas do mundo
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Marcele e a câmera que ajudou a construir |
Uma capixaba de 37 anos foi reconhecida como uma das melhores jovens cientistas trabalhando atualmente. A astrofísica Marcelle Soares-Santos vai receber uma bolsa de US$ 70 mil, para investir da maneira que julgar melhor em seu trabalho, da Fundação Alfred P. Sloan, que desde 1955 escolhe os mais proeminentes jovens cientistas.
Marcelle é professora assistente de Física na Universidade Brandeis, nos Estados Unidos, e estuda a natureza da expansão acelerada do universo usando dados de alguns dos telescópios mais poderosos já construídos.
Além disso, ela coordena uma equipe no Fermilab, um dos mais renomados centros de pesquisa em física de partículas, que ajudou a detectar uma fusão de estrelas de nêutrons pela primeira vez e atualmente está ajudando a criar um método novo para determinar a constante de Hubble.
A importância do prêmio é tanta que 47 dos vencedores da bolsa foram posteriormente reconhecidos pelo Nobel. “É uma honra receber a Bolsa de Pesquisa Sloan", disse Soares-Santos. "Encontrar-me ao lado das pessoas de destaque que foram reconhecidas ao longo dos anos é o que me deixa mais orgulhosa com esse prêmio."
ABORTO - Deputado quer retrocesso até das nossas conquistas
FONTE: http://www.estadao.com.br/
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Cena da série “The Handmaid´s tale” |
Se não pudermos mais massacrar os LGBT, vamos para cima das mulheres, talkei?
Em: 13/02/2019
POR RITA LISAUSKAS
RITA LISAUSKAS é jornalista e escritora. Autora do "Mãe Sem Manual", Editora Belas Letras, é também colunista da Rádio Eldorado. É mãe do Samuel e madrasta do Raphael e do Lucca. Twitter e Instagram: @ritalisauskas.
Facebook:
http://www.facebook.com/ritalisauskas1
Somos as aias da República de Gilead e nossa função é procriar
As mulheres são o alvo principal desse atual governo. Nem bem passaram dois meses de 2019 e já vimos e ouvimos um pouco de tudo. Deputado querendo proibir métodos anticoncepcionais, como o DIU e a pílula do dia seguinte. Ministra dizendo que mulher “nasceu para ser mãe” e que “o sonho” de todas nós é ficar em casa, cuidando dos filhos. Agora mais essa: enquanto o mundo discute a descriminalização do aborto, o Brasil abre os arquivos empoeirados do seu Legislativo e pinça um projeto já devidamente arquivado ano passado e que pode promover um retrocesso do pouco que já foi conquistado: desde 1940 o aborto é legal para mulheres vítimas de estupro. Hoje também é permitido às mulheres que correm risco de vida ao levar a gravidez adiante ou as que estão gestando um bebê com anencefalia. Mas a Proposta de Emenda à Constituição, PEC, acrescenta uma frase ao artigo 5º da Constituição Federal determinando que todos têm direito à vida “desde a concepção”, ou seja, carregue no ventre o filho de alguém te violou, leve adiante uma gestação que pode significar sua própria morte ou aguente 9 meses para dar à luz um filho que morrerá minutos depois de ter nascido. Todos os tipos de vidas importam, menos a da mulher. Mulher tem que procriar.
Sabe o que é mais desesperador? Os que desarquivaram a PEC nem fizeram isso por “consciência”, mas sim por vingança. Como o STF pautou o julgamento da criminalização de todas as formas de ofensa, homicídios, agressões e discriminações motivadas pela orientação sexual e/ou identidade de gênero depois de o legislativo brasileiro se abster dessa discussão por anos, armou-se essa queda de braço. A bancada evangélica foi ao Supremo nesta terça-feira tentar demover a Suprema Corte da decisão. Por quê? Deputados e senadores conservadores e evangélicos querem continuar discriminando gays, lésbicas, bissexuais e transexuais no país que mais mata essa população no mundo sem sem serem criminalizados por isso? Se a pressão não der certo e o projeto continuar na pauta do Supremo, vingam-se dispondo sobre o corpo das mulheres, aprovando a tal PEC. “Se não pudermos massacrar LGBT´s vamos para cima das mulheres, talkei?”
Mas estamos preocupados com a vida dos bebês! Ora, ora, e a vida das mulheres, vossas excelências? Segundo a OMS, a cada dois dias uma mulher morre no País vítima de aborto clandestino. São mulheres que decidiram não levar uma gravidez adiante e vão, independentemente da sua vontade e de sua crença, procurar formas para interromper essa gestação. Atenção, spoiler: se tiverem dinheiro no bolso encontrarão clínicas seguras para interromper essa gravidez indesejada. Já as pobres correm risco de vida e, se não morrerem durante o procedimento, podem sofrer sequelas graves, serem denunciadas e até presas. Como homens de Deus super preocupados com a vida humana, aposto que os nobres senadores estão chocados e alarmadíssimos, porque já entenderam que estamos falando de um problema grave de saúde pública. E a vidas dos gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais ou transgêneros também não importam? O Grupo Dignidade afirma que, durante o ano de 2017, uma pessoa LGBT morreu a cada 19 horas no Brasil justamente em razão da LGBTfobia. Não, não, essas vidas também não importam.
Essa madrugada estreou na tevê aberta “The Handmaid´s tale – O conto da Aia, baseado no livro da escritora canadense Margaret Atwood. A série se passa na República de Gilead, uma teonomia cristã militar formada nas fronteiras do que anteriormente eram os Estados Unidos da América. Após um ataque terrorista matar a maioria do Congresso e o presidente dos Estados Unidos, um movimento fundamentalista de reconstrução cristã autointitulado “Filhos de Jacó” dá um golpe de estado e suspende a Constituição do país sob o pretexto de “restaurar a ordem”. Muitas mulheres, que se tornam servas da República, são proibidas de ler, mas são livres para rezar, olha só, seguindo os preceitos do Velho Testamento. Sabe qual a função das aias, propriedades na República de Gilead? Elas podem procriar. E caso não cumpram as expectativas, ou seja, caso não coloquem filhos no mundo, tornam-se “não-mulheres” e, juntamente com as homossexuais, viúvas, adúlteras e feministas, são condenadas a trabalhos forçados. Se quebrarem as regras podem ter o mesmo destino dos criminosos comuns: o fuzilamento e a exposição no “Muro”, onde os mortos servem de exemplos em praça pública a todos os cidadãos. O livro se autointitula “romance distópico”. A série é classificada como “ficção científica”. Provavelmente porque Margaret Atwood e os produtores de “The Handmaid´s Tale” ainda não conhecem o Brasil de 2019.
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