sexta-feira, dezembro 04, 2020
UMA GUERREIRA CONTRA A DISCRIMINAÇÃO RACIAL E DE GÊNERO
domingo, novembro 22, 2020
sexta-feira, novembro 20, 2020
As Riquezas Humanas do Sertão: Mulher na Literatura
Raquel de Queiroz na Academia Brasileira de Letras
O nordestino tem motivos de sobra para se orgulhar do Nordeste.
A escritora Rachel de Queiroz, cearense, nascida em Fortaleza, em 17 de novembro de 1910, foi a primeira mulher a assumir uma cadeira na ABL - Academia Brasileira de Letras.
Hoje, se Rachel de Queiroz estivesse viva, estaria completando 110 anos de idade.
Um detalhe curioso: ela assumiu a cadeira nº 5 na ABL no dia 4 de novembro de 1977 e faleceu 26 anos depois no mesmo dia: 4 de novembro de 2003, 13 dias antes de completar 93 anos.
Foi a “Quinta ocupante da Cadeira 5, eleita em 4 de agosto de 1977, na sucessão de Candido Motta Filho e recebida pelo Acadêmico Adonias Filho em 4 de novembro de 1977.”
O QUINZE, seu primeiro livro lançado no final de 1930. Esse título – O QUINZE – está relacionado ao ano de 1915, onde a escritora presenciou os horrores da seca e em virtude desse mal que sempre assolou o Nordeste, mudou-se em 1917 - o cenário ainda não tinha mudado - para o Rio de Janeiro, com os pais. Já havia na sua memória informações suficientes para escrever a sua primeira e mais famosa obra literária.
.
FAZENDA NÃO ME DEIXES: pertencente a família da escritora. Situada no distrito de Daniel de Queiroz (pai de Rachel de Queiroz), município de Quixadá, Ceará.
COMO SURGIU ESSE NOME:
“Não Me Deixes é uma fazenda localizada no distrito de Daniel de Queiroz , município de Quixadá .Em 1870, o tio-avô de Rachel de Queiroz, o fazendeiro Arcelino de Queiroz, deu de herança a terra para um primo da escritora que preferiu vendê-la para se aventurar na extração da borracha, no Amazonas. Quando o tio soube, conseguiu recuperar a fazenda e devolveu para o herdeiro que voltou pobre e doente. Mas o fez prometer que não sairia mais do local e o batizaria de "Não Me Deixes". Quando o proprietário da fazenda morreu não tinha filhos e a terra voltou para as mãos do avô de Rachel que a deu de herança ao pai da escritora, Daniel de Queiroz Lima. Por iniciativa desta, parte da fazenda foi transformada em Reserva Particular do Patrimônio Natural.”
“A Fazenda Não Me Deixes, enquanto recanto preferido da escritora - falecida em 2003 e, embora natural de Fortaleza, com forte apego a Quixadá, município em que construiu a morada em questão - abriga memórias vivas da primeira mulher a adentrar a Academia Brasileira de Letras. Cada cômodo da casa sinaliza o aconchego que a autora transmitia, a paz de estar bem. Lá, é como que se o tempo, sossegado, esperasse.”
Rachel de Queiroz, uma grande mulher, uma grande escritora, uma grande nordestina.
Disponível em: <https://www.academia.org.br/aca…/rachel-de-queiroz/biografia> Acesso em: 17 de novembro de 2020.
Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/biblioteca-catalogo.html…> Acesso em: 17 de novembro de 2020.
sexta-feira, outubro 16, 2020
sexta-feira, setembro 25, 2020
A universidade mais antiga do mundo fica na África. E foi fundada por uma mulher.
A universidade mais antiga do mundo fica no Marrocos. Conhecida como Al-Qarawiyyin, ela foi findada em 859 AC por uma jovem princesa da Tunisia, Fatima al-Fihri.
A universidade é reconhecida pela UNESCO e pelo Guinness World Records como a mais antiga em existência, inclusive segue operacional, assim como a primeira a emitir graus educacionais.
A universidade esta localizada na cidade de Fes, um centro histórico de ensinamentos educacionais e espirituais do mundo muçulmano.
A História conta que cerca de 1200 anos atrás, al-Fihri e sua família se mudaram de Qayrawan (atual Tunisia) para Fes, Morrocos.


Após a morte do pai, al-Fihri decide gastar a herança da família na construção de uma mesquita para a comunidade junto de uma madrasa, uma escola islâmica cujo objetivo era dar oportunidade as pessoas de praticarem a fé e expandirem seus conhecimentos nas questões espirituais.
A mesquita, que tem espaço para cerca de 22,000 fiéis, é uma das maiores em África.
Ao longo do tempo, Al-Qarawiyyin se tornou um dos principais centros de educação e espiritualidade do mundo.


A madrasa inicialmente deveria focar na instrução religiosa e na memorização do Corão mas depois expandiu seus ensinos para a caligrafia, gramática Árabe, sufismo (misticismo e ascetismo islâmico), medicina, música e astronomia.
Em 1947, a escola foi registrada no sistema educacional do Estado e dez anos depois, cursos de química, física e linguagens foram abertos.


Em 1963, se uniu a um moderno sistema educacional do estado, e em 1965 foi oficialmente renomeada como “Universidade de al-Qarawiyyin” ao invés de simplesmente “al- Qarawiyyin”.
Ao longo dos anos a universidade atraiu os melhores professores de seu tempo.
Além de receber alunos das diversas partes do Morrocos e do Oeste africano islâmico, e até mesmo da Ásia Central Islâmica, a escola tinha um rigoroso processo de seleção.


Algumas das condições são válidas ainda nos dias atuais. Por exemplo, estudantes que estiverem dispostos a estudar lá devem decorar todo o Corão para ao menos terem uma chance de serem aceitos.
A universidade segue a tradição em seus ensinamentos. Estudantes, especialmente aqueles com idades entre 13 e 30 anos, se sentam em semi-círculos ap redór de uma sheikh para a leitura de textos e questões sobre áreas de interesse específicas.


A biblioteca da Universidade de Al-Qarawiyyin’s também é reconhecida como a mais antiga do mundo. Ela contém mais de 4000 manuscritos, muitos datados do século 9.
Essa reportagem foi traduzida do original por João Raphael Ramos dos Santos. A reportagem original pode ser vista em: https://face2faceafrica.com/article/the-oldest-university-is-in-africa-and-was-founded-by-a-woman?platform=hootsuite&fbclid=IwAR3SJGE3uLXhmS7dhbNlAzlSqCg6OZpmEfry2lpnedseayfDlTSYESoqBvM
quarta-feira, setembro 23, 2020
A luta de Harriet Tubman contra a escravidão nos Estados Unidos
Esta estrada de ferro não era uma estrada de verdade, mas o nome dado à rota de fuga de milhares de negros em todos os Estados Unidos. Uma rede muito bem urdida de estradas, rotas e casas, as quais os negros percorriam e se abrigavam durante a grande travessia para a liberdade. Essas rotas eram pronunciadas junto aos negros sempre com os jargões da estrada de ferro, para que nenhuma suspeita fosse levantada e, justamente por isso, foram chamadas assim.
Nesse processo de fuga a figura do “condutor” era, sem dúvida a mais importante. E Harriet se fez um deles. Foi a mais famosa e a mais eficiente. Armada de revólver e da sua atávica coragem ela chegou a carregar mais de 300 pessoas para os estados em que a escravidão já estava abolida. Nunca perdeu qualquer passageiro. Ficou conhecida também a frase que dizia aos seus conduzidos quando empreendiam a caminhada rumo ao norte: “Serás livre ou morrerás”. E foi com essa bravura que também carregou para a liberdade seus irmãos de sangue e seus pais, esta última uma viagem espetacular. Não foi à toa que ficou conhecida como “o Moisés” de seu povo.
Harriet era mestra na arte da fuga e do disfarce. Graças a isso entrava e saia do sul escravista a qualquer hora. Em 1857 sua cabeça valia o prêmio de 40 mil dólares. Nunca foi pega. Durante a guerra civil estadunidense ela, já entrada nos anos, ainda serviu como enfermeira e espiã das forças federais. Seu nome é reverenciado até hoje por todos os negros e negras daquele país como uma mulher que não aceitou a sua condição e, generosa e solidária, deu sua vida para garantir a liberdade dos negros. Morreu velhinha, em 1913, considerada uma heroína nacional. Mesmo assim, foi só em 2003 que o estado instituiu o dia 10 de março (dia de sua morte) como o dia de Harriet Tubman, a Moisés do povo negro estadunidense, a condutora, aquela que nunca abriu mão da liberdade. “Há duas coisas que tenho direito: a liberdade ou a morte. Se não tiver uma, tenho a outra. Nenhum homem neste mundo vai me tomar a vida”. E assim foi.
Hoje, contam os negros, quando apita um trem lá para os lados do sul, todo aquele que sofre alguma prisão, seja física ou espiritual, sente um arrepio. É Harriet, a condutora, chamando para a grande travessia. E sempre há quem se levante e encontre o caminho.
Publicado originalmente no blog Palavras Insurgentes.
Autora: Elaine Tavares
Jornalista. Humana, demasiado humana. Filha de Abya Yala, domadora de palavras, construtora de mundos, irmã do vento, da lua, do sol, das flores. Educadora, aprendiz, maga. Esperando o dia em que o condor e a águia voarão juntos, inaugurando o esperado pachakuti.
terça-feira, setembro 22, 2020
Ruth Bader Ginsburg grande defensora dos direitos das mulheres e minorias, liberdades civis e Estado de Direito.
A juíza da Suprema Corte dos EUA morreu sexta-feira passada (18/9) aos 87 anos, vítima de câncer.
Não há dúvidas de que Ruth Bader Ginsburg se tornou uma grande inspiração para pessoas do mundo inteiro, se tornando a segunda mulher a servir a Suprema Corte dos Estados Unidos, e a primeira judia, ocupando o cargo ao ser nomeada por Bill Clinton. Sua carreira, marcada pela luta pelo direito das mulheres e de minorias, a transformou em uma verdadeira admiração. Prestamos aqui uma homenagem a esta notável feminista.
- - As mulheres pertencem a todos os lugares onde as decisões são tomadas. Não deveria ser que as mulheres sejam a exceção
terça-feira, setembro 15, 2020
Mulheres Artistas Plásticas Dadaístas
Como um grupo “anti-arte”, os dadaístas ficaram muito conhecidos pelas suas obras e táticas para atacar as tradições estabelecidas de arte, realizando manifestações artísticas absurdas, projetadas deliberadamente para escandalizar e chocar tanto as autoridades quanto o público, em geral.
Esse grupo vanguardista, formado por escritores, poetas e artistas plásticos, foi liderado por nomes como Tristan Tzara, Hugo Ball e Hans Arp. Além dessas personalidades muito conhecidas e faladas durante a história, o movimento também foi marcado por grandes artistas feministas dadaístas que não estão presentes em quase nenhum debate da história da arte.
Vejam algumas que mais se destacaram:
Elsa von Freytag-Loringhoven, a Dada Baronesa que inventou o Readymade
sexta-feira, setembro 11, 2020
terça-feira, setembro 08, 2020
Emma Goldman

quarta-feira, setembro 02, 2020
Mia Couto - Texto
Foto por @_visiondumonde
Sonhe com cuidado, Mariazita. Não esqueça, você é pobre. E um pobre não sonha tudo, nem sonha depressa.
Mia Couto
Phillis Wheatley, foi a primeira escritora afro-americana a publicar um livro nos Estados Unidos.
′′ Foi chamada Phillips, porque é assim que se chamava o navio que a trouxe, e Wheatley, que era o nome do mercador que a comprou. Nascido no Senegal. Em Boston, os negreiros a colocaram à venda:
Teve que recitar textos de Virgílio e Milton e algumas passagens da Bíblia, e também teve que jurar que os poemas que tinha escrito não eram plagiados. De uma cadeira, rendeu o seu longo exame, até que o tribunal a aceitou: era mulher, era negra, era escrava, mas era poeta."
terça-feira, agosto 11, 2020
Elastic Generation: a geração que está mudando a maneira como envelhecemos
Liderada por mulheres, a Elastic Generation está quebrando modelos de comportamentrelacionados à beleza, mercado de trabalho, sexualidade, estética, relacionamento e consumo.
A nova maturidade não é frágil, nem dependente. Pelo contrário. Talvez você ainda não esteja familiarizada com o termo Elastic Generation, mas não se engane. Ele deve se tornar tão comum quanto falar em millenials - e num futuro próximo ser ainda mais relevante do que esta parcela da população, já que o mundo não para de envelhecer. Segundo o IBGE, o número de idosos deve superar o de jovens no Brasil em 2060. Uma realidade que diversos países europeus conhecem faz tempo.
Mas o que mudou, então, nos últimos anos, quando o assunto é envelhecimento? Esqueça todos os conceitos ultrapassados que estão arraigados dentro de você. Idade biológica não significa mais nada. A Elastic Generation, capitaneada por mulheres, está quebrando modelos de comportamento relacionados à beleza, mercado de trabalho, sexualidade, estética, relacionamento e consumo. Quem está abaixo dos 60 já é, inclusive, influenciado pela maneira como essas mulheres enxergam a vida. Duvida? "As mulheres maduras são grandes influenciadoras. São referência para as mais jovens, que querem chegar a essa idade como elas. É um grande shift aspiracional o que está acontecendo", explica Layla Vallias, co-fundadora da agência de marketing e consultoria Hype60+. A empresa se dedica a estudar essa parcela da população e reúne material para entender o comportamento dessa geração revolucionária, como ela mesmo define as mulheres acima dos 50 anos.
A Elastic Generation é a geração baby-boomer, aquela que nasceu entre 1946-1964, e foi foi a grande protagonista das revoluções sociais no mundo de uma maneira geral. Falando especificamente das mulheres, elas são as que saíram de casa para trabalhar, decidiram tomar pílula, fazer planejamento familiar, normatizaram o divórcio, entre outras transformações. As gerações mais jovens bebem muito no conjunto de atos dessas mulheres, que foram as grandes revolucionárias dos nossos direitos. Então, me parece óbvio, que elas seriam revolucionárias também na longevidade e estariam criando um novo conceito de como envelhecer. Estão ativas, trabalhando, consumindo, por isso ganharam o título de Elastic Generation. Essas mulheres fazem com que paremos de definir cada geração somente pela idade. O foco agora é o comportamento, é algo muito mais fluído. Já se fala agora de idade fluida (tal como quando o assunto é sexualidade). A idade, de fato, está muito mais na nossa cabeça, no nosso perfil individual de cada um, no estilo de vida, do que em quantos anos você tem.
quarta-feira, julho 22, 2020
Covid mata anciãs que curam, rezam e lutam, e deixa povos indígenas órfãos.
![]() |
Fonte: Conexão Planeta |
A anciã Mônica Renhinhãi'õ era uma índia xavante que vivia na aldeia Aõpá, no município de Alto Boa Vista (MT), e faria 100 anos na última quarta-feira. Vinte cinco dias antes do seu aniversário, entretanto, a Covid-19 a levou. Entre os xavantes, as mulheres são as guardiãs das sementes que dão os frutos. Apesar da idade avançada, Mônica integrava desde 2018 o grupo chamado "Mulheres coletoras de sementes da terra indígena Marãiwatsédé". Quem participava do grupo conta que ela trabalhava todo os dias.
Mônica é uma das 23 anciãs indígenas que morreram vítima da Covid-19 até o dia 30 de junho, segundo dados coletados da Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira). Entre os homens, foram 55 casos de mortes acima de 60 anos. Os números, porém, devem ser bem maiores, porque nem todos os índios têm idade confirmada. Para os indígenas, elas não são apenas idosas que partiram. A tradição garante aos anciãos a missão de serem guias de gerações com ensinamentos, histórias e missões nas terras indígenas na Amazônia. E as mulheres têm um papel fundamental nesse contexto. Há povos em que as anciãs são as guardiãs das ervas e das receitas e seus segredos de cura.
Na Amazônia, como o acesso de índios a serviços médicos é raro, a maioria absoluta dos problemas de saúde são resolvidos entre eles mesmos nas aldeias. Entre os índios, a morte de uma anciã ou um ancião é tratada como se uma biblioteca viva fosse perdida, é um conhecimento que se esvai.
Nesse cenário, a Covid-19 tem destruído várias dessas bibliotecas. Universa conta aqui um pouco das tradições seculares das mulheres idosas que deixaram a vida para se tornarem história de seus povos. Lusia dos Santos Borari, 87, foi a primeira indígena a morrer por Covid-19 no país, em 19 de março, em Alter do Chão (PA). Segundo a conselheira Distrital de Saúde Indígena e liderança no Baixo Tapajós, Luana Kumaruara, dona Lusia era tataravó e deixou um cacicado formado só por mulheres indígenas chamado Sapu Borari.
O breve relato das cholas anarquistas que foram ao redor do mundo

(Foto izquierda Rosa Rodríguez, a su lado Peta Infantes)

A breve revisão das cholas anarquistas
que foram ao redor do mundo
e alguns textos que nunca apareceram na escola ou na
universidade saltaram para mim. Eles chamaram minha
atenção muito, especialmente pelo rico conteúdo histórico,
simbólico e vingativo, que os ares do fascismo na
América Latina estavam atingindo seu ponto mais alto e
vieram como remédio.
pela "fase" e outras redes, do México à Argentina,
Colômbia, Peru, Japão, Noruega e Bolívia, é claro,
um grupo de mulheres nos deu os direitos de que
gozamos e por razões políticas (a MNR é o culpado),
foi decidido remover esses dados da história da qual
fazemos parte. A trilha perdida do movimento anarquista
na Bolívia durou até depois da Guerra do Chaco,
o espírito revolucionário reacende em nossos
tempos como uma resposta à esquerda centrada
nos EUA e uma direita mais opressiva, sangrenta e
oligárquica do que antes.
o livro Lxs Artesanxs Libertarxs, de Silvia Rivera
Cusicanqui e Zulema Lehm Ardaya, da editora
Tinta de Limon, um tremendo trabalho que foi dado
para compilar um excelente momento de nossa história.
municipal que proíbe as cholas, as mulheres de saia,
de andar de bonde. Petrolina Infantes, conhecida como
Peta e Rosa Rodríguez, e outros anarquistas da pollera estão
liderando um movimento que mais tarde será
conhecido como Culinária. Um grupo de mulheres consegue
derrubar a lei municipal injusta, que garantia que as
mulheres de saias deixassem as mulheres desconfortáveis
nos bondes e, por esse motivo, não poderiam usá-las
para chegar ao trabalho nos mercados. Mais tarde, eles
alcançam um grupo através do ativismo de um grande
número de criadas, babás e macapayas. Outros grupos
de mulheres anarco-sindicalistas surgiram, como
a União das Mulheres de Floristas ou a União
dos Viajantes do Altiplano, que se estendia ao Peru.
Esses sindicatos e outros se uniram para formar a FOF
(Federação das Mulheres Trabalhadoras), que mantinha
viva a FOL (Federação das Trabalhadoras Locais).
Esses grupos anarquistas venceram lutas pelo povo
boliviano de que ninguém se lembra. Entre eles, o
direito ao divórcio, o reconhecimento da arte culinária
como profissão, o restante dos trabalhadores no
domingo, a criação de creches para as mães que
trabalham e a abolição da identidade e cartão
de saúde obrigatórios impostos pelos fascistas.
Essas mulheres de saia com bravura, anarquia
e solidariedade alcançaram muito e foram
esquecidas. Todos os sindicatos do FSUTCB
ao COB devem suas bases, assim como a esquerda
boliviana deve tanto ao anarquismo que está
retornando em resposta a esses tempos incertos.
ao lado de seu Peta Infantes)
sobre la guerra del Chaco y me saltaron unos textos
que jamás habían aparecido en el colegio ni en la
Universidad. Me llamaron mucho la atención, en especial
por el rico contenido histórico, simbólico, reivindicatorio,
los aires del fascismo en Latinoamérica estaban llegando
a su punto más alto y llegaron como un remedio.
“fase” y otras redes, desde México hasta Argentina,
Colombia, Perú, Japón, Noruega y Bolivia por supuesto,
un grupo de mujeres nos dio los derechos que gozamos
y por motivos políticos (el MNR es el culpable), se decidió
desaparecer estos datos de la historia de la cual somos
parte. El rastro perdido del movimiento anarquista
en Bolivia duró hasta pasada la Guerra del Chaco,
el espíritu revolucionario vuelve a encenderse en
nuestros tiempos como respuesta a una izquierda
EEUUrocentrista, y una derecha más opresora,
sanguinaria y oligarca que antes.
adquirir el libro Lxs Artesanxs Libertarxs de Silvia
Rivera Cusicanqui y Zulema Lehm Ardaya de editorial
Tinta de Limon, tremendo trabajo que se dieron
de recopilar un excelente momento de nuestra historia.
que prohíbe a las cholas, mujeres de pollera subir al tranvía.
Petrolina Infantes conocida como Peta y Rosa Rodríguez
y otras anarquistas de pollera encabezan un movimiento
que será después conocido como las Culinarias.
Una agrupación femenina logra tumbar la injusta ley
municipal, que aseguraba que las mujeres de pollera
incomodaban a las señoras en los tranvías y por ese
motivo no podían hacer uso del mismo para llegar a
sus puestos de trabajo en los mercados.
Posterior logran una agrupación mediante el activismo
de un gran número de sirvientas, niñeras y
macapayas. Otras agrupaciones de anarcosindicalistas
femeninas surgían, como la Unión Femenina de Floristas
o el Sindicato de viajeras del Altiplano que se extendía
a Perú, estos sindicatos y otros se agruparon para
formar la FOF (Federación Obrera Femenina) quien
mantuvo en vida a la FOL (Federación Obrera Local).
Estos grupos anarquistas ganaron luchas para el pueblo
boliviano que nadie recuerda. Entre ellas el derecho
al divorcio, el reconocimiento del arte culinario
como profesión, el descanso de los trabajadores
el domingo, la creación de las guarderías para madres
trabajadoras, y la abolición de la obligatoriedad
del carnet de identidad y sanidad impuesta por los
fascistas. Estas mujeres de pollera con valentía anarquía
y solidaridad lograron mucho y pasaron al olvido.
Todos los sindicatos de desde la FSUTCB hasta la COB
les deben sus bases, así como la izquierda boliviana
le debe tanto al anarquismo que está volviendo
como respuesta a estos tiempos inciertos. Junio
mes de las Culinarias y la mujer trabajadora
boliviana, que siempre supo sacar adelante al
pueblo cuando los hombres no podían.