22.05.20014 - ONU Mulheres faz um chamado para cidadãs e cidadãos no mundo colocarem a Igualdade de Gênero em foco.
Logotipo Pequim + é inspirado na liberdade e na autonomia das mulheres |
A
ONU Mulheres lançou uma importante campanha no período prévio à comemoração
do 20º aniversário da histórica 4ª Conferência Mundial sobre a Mulher,
realizada em Pequim. Um ano de atividades em todo o mundo pretende mobilizar
tanto os governos como
cidadãos e cidadãs para imaginar um mundo em que a igualdade de gênero seja uma
realidade e se unir a um debate mundial sobre o empoderamento das mulheres com
a finalidade de empoderar a humanidade.
Os
eventos estarão centrados nos avanços e nas lacunas para a igualdade de gênero
e o empoderamento das mulheres nos 189 governos que adotaram a Declaração e a
Plataforma de Ação de Pequim de 1995. Esta proposta visionária abre o caminho
para uma plena e igualitária participação das mulheres em todos os âmbitos da
vida e na tomada de decisões.
“A
Plataforma de Ação de Pequim é uma promessa ainda não cumprida para as mulheres
e meninas”, declara Phumzile Mlambo-Ngcuka, Diretora Executiva da ONU Mulheres.
“O nosso objetivo é claro: renovar o compromisso, fortalecer a ação e
incrementar os recursos para alcançar a igualdade de gênero, o empoderamento da
mulher e o cumprimento dos direitos
humanos das mulheres e meninas”.
A
Conferência Mundial sobre a Mulher de Pequim teve a presença de 17.000
participantes e 30.000 pessoas assistiram ao fórum de ONGs. Em 2015, as Nações
Unidas avaliarão o processo nos últimos 20 anos na aplicação da Plataforma de
Ação de Pequim, baseando-se nos relatórios nacionais que estão sendo preparados
pelos Estados-membros da ONU.
A
campanha se iniciará com um twitaço global durante um dia. São grupos
participantes da ação: ONU, Lean In, Associação Cristã Feminina Mundial,
Associação Mundial das Guías Scouts, Half the Sky, Lobby Europeu das Mulheress,
Centro de Mulheres e Mídia, Devex e outras e outros especialistas regionais e
nacionais.
A
ONU Mulheres apresentará um centro de informação mundial que contará com várias
declarações e testemunhos de pessoas sobre as suas experiências pessoais referentes
aos avanços de direitos, celebridades defensoras da causa, assim como um calendário para
acompanhar os acontecimentos de Pequim +20. A plataforma web HeforShe (EleporEla)
mostrará homens com destaque que atuam para POR fim À violência contra as
mulheres e PARA fomentar a igualdade. A ONU Mulheres apoiará a participação
através da sua rede de escritórios nacionais e apresentará uma aplicação
interativa para o facebook chamada “Cerremos la brecha junt@s” (Fechemos a
brecha junt@s).
“O
aniversário se comemora num momento histórico”, assinala Mlambo-Ngcuka, da ONU
Mulheres, “pois os países de todo o mundo combinam esforços para alcançar os
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio em 2015 e definir um novo marco para o
desenvolvimento mundial. Temos que aproveitar essa oportunidade única nessa
geração para colocar de forma firme a igualdade de gênero, os direitos e o
empoderamento das mulheres entre as prioridades da agenda mundial e fazer com
que isso seja uma realidade”.
Durante
a campanha estão planejados vários acontecimentos relevantes em todo o mundo.
No mês de junho, dezenas de milhares de pessoas se reunirão na Suécia para
promover a proteção dos direitos
humanos das mulheres e meninas. Na Conferência sobre o Clima,
em setembro, em Nova Iorque, outro acontecimento reunirá Chefas de Estado e
ativistas. Em novembro, na Índia, homens e meninas demonstração seu apoio em
favor da igualdade de gênero.
A
comemoração formal do 20º aniversário acontecerá durante o 59º período de
sessões da Comissão sobre a Condição Jurídica e Social da Mulher e o Dia
Internacional da Mulher de 2015, os quais serão dedicados a Pequim + 20. Também
está programada, para setembro de 2015, uma reunião de alto nível para a adoção
de compromissos.
Durante
as duas últimas décadas ocorreram progressos importantes nos direitos
jurídicos, avanços na educação e na participação de mulheres na vida pública.
Contudo, ainda há muito por fazer para acabar com a desigualdade de gênero nos
salários e nas oportunidades, a baixa representação de mulheres nos cargos de
liderança tanto no setor público como
no privado, o casamento infantil e a desenfreada violência e outras violações
que acometem mulheres e meninas.
“Faço
hoje um chamado a todos e todas no mundo para que sejam parte da solução”,
destaca Mlambo-Ngcuka. “Imagine. Juntas e juntos podemos alcançar a promessa de
Pequim: igualdade entre mulheres e homens”.
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