segunda-feira, novembro 21, 2016

A cantora Elza Soares Vence GRAMMY Latino - 2016

Elza Soares, a maravilhosa cantora brasileira,  vence o Grammy Latino, na categoria de melhor album de música popular brasileira, com o seu disco "A Mulher do Fim do Mundo".

A cerimônia foi realizada na T Mobile Arena, em Las Vegas, na última quinta-feira em 17/11/2016. Em seu depoimento, onde mostra toda sua felicidade pelo prêmio recebido,  e ela faz, também, um agradecimento à toda a equipe que participou da realização do disco como vê-se   transcrito  abaixo:


"Catatônica estou!
Primeiro disco de inéditas. Suspeitava que algo de muito grande fosse acontecer, mas... o Grammy Latino? Minha gente...Esse prêmio acaba sendo um reconhecimento do trabalho de muita gente também... Lógico! É como se todo o discurso do disco, que é tão importante, fosse premiado. É uma alegria sem fim. Sem fim... Sem fim...Obrigada, obrigada, obrigada...
Com o amor de sempre, Elza Soares".
Elza Soares com Lídia Vasconcelos em Las Vegas.

 

quarta-feira, novembro 02, 2016

Gotas de Feminismo



terça-feira, outubro 04, 2016

OUTUBRO ROSA é comemorado em todo o mundo

Outubro Rosa

O movimento Outubro Rosa

O movimento conhecido como Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos, na década de 1990, para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. A data é celebrada anualmente com o objetivo de compartilhar informações sobre o câncer de mama e promover a conscientização sobre a importância da detecção precoce da doença.
Desde 2010, o INCA participa do movimento, promovendo espaços de discussão sobre câncer de mama, divulgando e disponibilizando seus materiais informativos, tanto para profissionais de saúde quanto para a sociedade.

Campanha Outubro Rosa 2015

Em 2015, a campanha do INCA no Outubro Rosa tem como objetivo fortalecer as recomendações para o diagnóstico precoce e rastreamento de câncer de mama indicadas pelo Ministério da Saúde, desmistificando crenças em relação à doença e às formas de redução de risco e de detecção precoce.
Espera-se ampliar a compreensão sobre os desafios no controle do câncer de mama. Esse controle não depende apenas da realização da mamografia, mas também do acesso ao diagnóstico e ao tratamento com qualidade e no tempo oportuno. Ressalta-se ainda a necessidade de se realizar ações ao longo de todo o ano e não apenas no mês de outubro.
Os eixos da campanha são:
  • Divulgar informações gerais sobre câncer de mama.
  • Promover o conhecimento e estimular a postura de atenção das mulheres em relação às suas mamas e à necessidade de investigação oportuna das alterações suspeitas (Estratégia de Conscientização).
  • Informar sobre as recomendações nacionais para o rastreamento e os benefícios e os riscos da mamografia de rotina, possibilitando que a mulher tenha mais segurança para decidir sobre a realização do exame.

sábado, setembro 24, 2016

Entrevista com autora desse BLOG para o Caderno VIVER do Diário de Pernambuco

Reportagem Completa - com fotos - no caderno VIVER - Diário de Pernambuco em  22/11/2015 

A entrevista comigo está mais abaixo no final da reportagem





SOCIEDADE 

Uma nota pela igualdade: como as mulheres têm usado a música contra o machismo
Conteúdo machista e luta por igualdade de direitos duelam espaço e atenção em letras das composições nacionais
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·         Vídeo


Por: Luiza Maia - Diario de Pernambuco
Publicado em: 22/11/2015 20:00 Atualizado em: 22/11/2015 20:56

Feito com o

A cantora e atriz pernambucana Clarice Falcão, do Porta dos Fundos, riscou a cara de vermelho. Com um dos principais símbolos da vaidade feminina, o batom, convidou cerca de 60 mulheres para uma versão da cançãoSurvivor, da Destiny’s Child, banda que revelou a declaradamente feminista Beyoncé.

Clique no ícone vermelho sobre as imagens para assistir aos clipes

"Pensamos que ia ser bonito lidar com a contradição do batom vermelho. Tenho o direito de botar como quiser e de não botar. Ser mulher é muito difícil. No Porta, ninguém comenta se os meninos engordaram, estão bonitos ou feios. Com as meninas, é se comeriam ou não, está gostosa ou não, deve estar grávida, emagreceu, deve ser porque acabou o namoro", desabafa. A recifense alcançou 1,7 milhão de pessoas no YouTube, recebeu elogios, mas também despertou incômodo.

"Uma boa lavagem de roupa resolveria o problema dessas malucas", reclamou, na página do Facebook doDiario de Pernambuco, um internauta acostumado e acalentado por personagens como Amélia, a tal mulher de verdade exaltada por Mário Lago e Ataulfo Alves - e já ironizada pela roqueira (e feminista) baiana Pitty na canção Desconstruindo Amélia.




"Há músicas em que percebemos o machismo banalizado, aquele que praticamente passa batido, está naturalizado, e muitas vezes travestido de romantismo, mas é possível encontrar músicas que trazem afirmações de autonomia das mulheres", avalia a jornalista recifense Isabela Senra, autora da dissertaçãoCanções vadias: Mulheres, identidades e música brasileira de grande circulação no rádio.

A submissão feminina está tão arraigada socialmente que até Chico Buarque, chamado de intérprete da alma feminina, deslizou em Cotidiano ("Todo dia ela faz tudo sempre igual"), apesar de satirizar a obediência em Mulheres de Atenas. Defensor do respeito à mulher e ao negro, o rapper paulista Emicida despertou indignação com Trepadeira (Dei todo amor, tratei como flor, mas no fim era uma trepadeira). Em texto nas redes sociais, ele negou haver machismo nos versos.



Feito com o

Mulheres oprimidas, verbal e fisicamente, são maioria no cancioneiro, um reflexo da realidade vivida no Congresso Federal (onde tramita projeto de lei que dificulta o acesso ao aborto em caso de estupro), no mercado de trabalho (homens ganham cerca de 25% a mais, de acordo com o IBGE) e nas ruas (vítimas de abordagens invasivas, um mote para a campanha online #PrimeiroAssédio, deflagrada para publicizar relatos de abusos).

Na vida real e nas composições, as agressões interrompem vidas, como ressaltado no clipe Naija, da rapper Lurdez da Luz. Quase 5 mil mulheres são assassinadas no Brasil a cada ano e 179 relatam agressões através do telefone 180 por dia. Não à toa, a luta pelos direitos da mulher permeia a produção fonográfica e acompanha o fortalecimento do debate. Elza Soares tenta estimular a denúncia em Maria da Vila Matilde, faixa do primeiro disco de inéditas da carreira, enquanto Alcione disparou "Na cara que mamãe beijou, Zé Ruela nenhum bota a mão", no samba Maria da Penha.




Agressões e dificuldades enfrentadas cotidianamente pelas mulheres inspiram as músicas do pernambucano Poder Feminino Crew, formado por garotas de 17 a 24 anos. "Temos amigos que passam por isso. A violência não é só física. Nossas músicas mostram a realidade nua e crua e que não vamos ficar caladas", garante Bel Melo, de 19 anos.

Cantoras e compositoras de todos os gêneros têm feito barulho, literalmente. Baiana criada no Recife, Karina Buhr instiga as mulheres a não agir como capachos em Selvática. "É tudo tão natural pra gente nessa seara no machismo e do racismo que a gente se assusta com um monte de coisa quando passa a prestar atenção de maneira mais intensiva. Tem coisas totalmente absurdas em músicas antigas. Mas refletem um tempo, as de hoje refletem outro, a gente vai evoluindo junto. Demora muito, mas vai", acredita Karina.

No disco homônimo recém-lançado, ela subverte a idealização de homem perfeito em Eu sou um monstro("Hoje eu não quero falar de beleza/ Ouvir você me chamar de princesa"), estratégia já usada pela recifense Lulina, em Meu príncipe ("Meu príncipe arruma toda a casa/ Prepara minha comida/ Enquanto eu tô no botequim"), e por Karol Conká, em Que delícia ("Terminou? Agora lava a louça").  A rapper curitibana será atração do Baile da Proibida, junto com Anitta, no dia 9 de janeiro.

REFLEXÃO
Músicas cujas letras questionam o machismo contra a mulher na sociedade




No samba de breque, Elza interpreta uma personagem cansada dos maus tratos. "A mulher tem que ir para a rua gritar. Tem que participar de passeatas, tudo. O mundo está nas mãos da mulher. Nunca foi sexo frágil. Acho maravilhosa a força feminina", defende. Ela já sofreu preconceito – "lógico" -, mas diz ser mais fácil atualmente: "Antes, não podia denunciar. Estava arriscado ir à polícia e ficar presa, ser chamada de louca".




Em O defensor, um homem incentiva a mulher a denunciar o marido, do qual apanha, e largá-lo para morar com ele. Zezé di Camargo e Luciano chamam a atenção para o crime, mas reforça a ideia de fragilidade da mulher. Dois meses após o lançamento, Zezé, em meio às polêmicas da separação com Zilu, disse que "toda mulher feia merece ser traída" em uma brincadeira de mau gosto.




As irmãs Simone e Simaria (ex-Forró do Muído) descrevem um relacionamento com um rapaz que parecia "especial", embora a família da garota sempre tenha desconfiado dele. Lançam luz sobre a questão da violência contra as mulheres – no caso, física e mostrada de forma explícita no clipe, visualizado mais de 7 milhões de vezes. Ao fim, incentivam: "Não se cale. Denuncie. Ligue 180".




A morte da funkeira Amanda Bueno, da Jaula das Gostosudas, assassinada pelo noivo em abril, foi lembrada por MC Marcelly em Não se brinca com mulher. Na música de clipe forte, ela critica o agressor e tenta abrir os olhos da vítima. Desliza ao afirmar que a amiga está errada, defender que ela "não é uma qualquer" - como se outras merecessem - e até na vingança proposta - "te ver com outra pessoa".




Os oito versos do frevo do pernambucano Capiba cantado pelos foliões ébrios dos carnavais desde os anos 1970 são bastante didáticos é adequados à festa. A vanguarda da letra miúda também retrata a mudança de comportamento da mulher na sociedade e sinaliza a inserção no mercado de trabalho, ao dizer que acabou o tempo em que elas só espantavam galinhas e cuidavam dos filhos.

AGRESSÃO
Músicas cujo teor, mascarado por melodias contagiantes, é considerado agressivo às mulheres




A produtora Furacão 2000 foi multada em R$ 500 mil pela Justiça Federal do Rio Grande do Sul, por incitar a violência na música cantada por Naldinho & Bela. "A sanção faz com que se pense duas vezes antes de cometer a agressão. Dificilmente modifica a alma da pessoa, mas ele tende mudar o papel social, engolir o preconceito", analisa o historiador Marcos Pires Cordeiro, da Unesp, autor do artigo A naturalização da violência contra a mulher na música popular.




Antes de se dedicar ao golpel, Rodolfo era explorador do duplo sentido como compositor e vocalista do grupo de rock Raimundos e incentivou a relação com adolescentes em Me lambe. No início, promete respeitar a idade - Se ela der mole eu juro que eu não faço nada/ Dá cadeia e é contra o costume - mas desiste logo na segunda estrofe. Preso, alfineta a luta de classes: "o pai dela era doutor".




A dupla de brega-funk Metal e Cego respondeu a inquérito da Polícia Civil de Pernambuco aberto a pedido do Ministério Público estadual. O foco era investigar o estímulo à pedofilia e o descumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente nas letras de Posição da rã e Gostou, novinha?. Em São Paulo, MCs mirins como Pickachu e Pedrinho foram impedidos de fazer shows devido ao teor sexual das canções.




Uma das composições mais famosas de Zeca Pagodinho, Faixa amarela é uma declaração de amor, mas já adverte sobre a violência que o eu-lírico pode vir a cometer. No ano passado, Martinho da Vila fez uma alteração durante a gravação de Sambabook: Zeca Pagodinho. Em vez de vou lhe dar, cantou sem lhe dar. Durante o lançamento de Ser humano, em abril, ele reclamou da violência de gênero e do feminicídio.




O problema nem é chamar a mulher de indigesta. Afinal, "chantagista", talvez fosse mesmo. Mas entre ser desagradável e merecer um tijolo na testa há uma distância abissal. Noel Rosa não percebeu isso, assim como nos versos "O maior castigo que eu te dou/ É não te bater/ Pois sei que gostas de apanhar", escritos em 1937.

ENTREVISTA // MARIA AUREA SANTA CRUZ (autora do livro A musa sem máscara: Imagem da mulher na música popular brasileira)

Como o machismo se manifesta na música do início do século 20 e agora?
A música popular é um veículo muito poderoso e fala sobre o imaginário das pessoas. Tudo que acontecia em cada década era cantado. Naquele tempo, as mulheres não tinham espaço para fazer música, como para trabalhar, andar na rua, eram objetos possuídos pelo homem. O machismo se manifestava de uma forma romântica, fazendo delas santas, incorpóreas, estrelas e usando o marianismo da igreja pra dominá-las. Hoje, não tem isso. Mas, quando são machistas, é barra pesada, como Faixa amarela, de Zeca Pagodinho.

O que mudou na abordagem?
Outro paradigma está sendo quebrado, porque temos feministas militantes que são compositoras. Elas falam sobre o aborto, todo tipo de violência, modo de viver, denunciam, reivindicam direitos. Antigamente, as mulheres falavam, mas não eram tão fortes. As músicas de hoje vão direto na ferida, não têm censura, usam os mesmos termos e movimentos que os homens usam para falar mal delas. E mesmo as mulheres machistas hoje não pedem mais para apanhar.

Qual a importância de manter a vigilância com relação às músicas que incitam a violência?
Eu não sou a favor de nenhuma censura, mas acho que a vigilância tem que ser civil. Nós mesmas temos que vigilar, que é o que essas compositoras estão fazendo, denunciando, respondendo com músicas. Como sou da geração da época da ditadura, sou contra qualquer proibição. A própria sociedade está modificando e respondendo. 




terça-feira, maio 10, 2016

Dona Ivone Lara & Dra. Nise da Silveira: vidas diametralmente oposta se encontram por um mesmo objetivo

"Dona Ivone Lara  se formou em Serviço Social e trabalhava no Hospital Psiquiátrico Pedro II e , onde se localiza o Museu de Imagens do Inconsciente (hoje Hospital Nise da Silveira) quando, em 1946, doutora Nise criou a Seção de Terapia Ocupacional que Mavignier, também funcionário do hospital, transformaria em ateliê de arte. Militante de esquerda, Nise havia sido presa em 1936 pela ditadura Vargas. Ficou dois anos presa e oito anos afastada do serviço médico. Quando voltou, em 1944, graças à anistia, técnicas violentíssimas como o eletrochoque, a lobotomia e o coma induzido por insulina haviam se tornado práticas corriqueiras. A psiquiatra passou a se opor radicalmente a elas e optou por se dedicar ao “trabalho menor”da Terapia Ocupacional.

Se Nise foi a fortaleza que se opôs à violência médica, Ivone foi a menina negra e órfã do subúrbio que, criada em um internato na Tijuca, muito cedo teve seu talento musical descoberto pela professora Lucília Villa-Lobos, mulher do maestro Heitor Villa-Lobos. Enquanto Nise estava na cadeia por se opor à ditadura Vargas, Ivone cantava nos coros regidos por Villa-Lobos no Estádio São Januário, em festas que, se tinham suas virtudes, serviam também como espetáculos um tanto fascistas para aclamar o ditador.

Os caminhos dessas duas mulheres - Nise e Ivone - começaram a se encontrar em suas precocidades: se Ivone criou seus primeiros sambas-de-roda ainda menina, mesclando sua consistente formação escolar à tradição ancestral africana e rítmica de Madureira, Nise entrou na faculdade de medicina com 15 anos, e se formou aos 21, em uma turma da qual era a única mulher.

Em 1946, quando Nise e Mavignier implantaram o ateliê de pintura no Engenho de Dentro, Ivone tinha 25 anos e era compositora há mais de dez. Sua família foi um dos núcleos fundadores do bloco Prazer da Serrinha, e dele nasceria, em 1947, a escola de samba Império Serrano. Já casada, mãe de dois filhos, ela trabalhava como enfermeira e assistente social para ajudar nas despesas domésticas. Teve papel fundamental na revolução empreendida no e pelo “coração da loucura” a que se refere o filme de Berliner.

Nise acreditava que seus “clientes” com doenças psiquiátricas não deveriam ficar em leitos, a não ser para dormir, já que não estavam acometidos por problemas do corpo e sim da psique. Além da Terapia Ocupacional, buscava aproximar os “clientes” de suas famílias, para que o afeto germinado desses elos colaborassem também com a reintegração psíquica, minimizando a cisão provocada pela esquizofrenia.

Ivone percorreu quilômetros de estrada para os municípios do Rio e estados vizinhos, localizando mães, pais, avós e tios que haviam abandonado seus familiares no hospital, acreditando que não havia mais nada a ser feito por eles – afinal, esse era o diagnóstico que ouviam dos próprios médicos. Além disso, colaborou para que a música também pudesse ser remédio para aquelas pessoas dadas como perdidas.

Prima de um operário da fábrica de tecidos Nova América, hoje um shopping popular no Rio, Ivone conseguiu patrocínio da indústria para a compra de instrumentos musicais no Engenho de Dentro. Com isso, criou uma oficina de música, que passou a apoiar festas e eventos de socialização entre “clientes”, familiares e funcionários no hospital. A oficina gerou um bloco de carnaval, o Loucura Suburbana, que até hoje desfila anualmente pelas ruas vizinhas ao hospital. Quem nunca foi, deveria incluir na agenda do próximo carnaval essa experiência transformadora.

Se hoje o Brasil é machista, não é difícil imaginar como era no fim dos anos 1940. Por isso é ainda mais bonito pensar no encontro entre Ivone e Nise como uma espécie de pororoca. Duas correntezas que precisaram criar ondas gigantes, mas que souberam também cantar baixinho “Espalhe amor por onde for /Quem sabe amar destrói a dor”, como ensina um dos mais lindos sambas de Ivone Lara."

Fonte: Matéria da jornalista Daniela Name, transcrita na página do Faceboock de Bernardo Carneiro Horta escritor  do livro: Nise - Arqueóloga dos Mares www.facebook.com/bernardo.carneirohorta

Veja a letra da música citada na íntegra:
Sorriso de Criança
Autorias: Dona Ivone Lara - Delcio Carvalho
 
Sorria mais criança pra não sofrer
Eu vi você, criança, no alvorecer
O sol se abrindo aos encantos de uma flor
Realizado o sonho....de um grande amor
Eu embalei....eu embalei
Nos braços meus criança...eu embalei
Eu embalei....eu embalei
Nos braços meus criança...eu embalei
E aprenda lutar pela vida pra se prevenir
Conheça todas as maldades pra não se iludir
Espalhe amor por onde for
Quem sabe amar destrói a dor
Seja todo seu viver
Um mundo cheio de prazer
Espalhe amor por onde for
Quem sabe amar destrói a dor
Seja todo seu viver
Um mundo cheio de prazer
Eu embalei
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Filme Imperdível- "Nise, O Coração da Loucura"

A enfermeira Ivone, vivida no filme "Nise - O Coração da Loucura" por Roberta Rodrigues é a grande compositora e cantora Dona Ivone Lara. Ela colaborou com a Dra. Nise e o pintor Almir Mavignier na implantação do ateliê de arte do Engenho de Dentro. Além de localizar parentes dos internos, percorrendo quilômetros para reintegrá-los às suas famílias, Ivone inventou uma oficina de música que é a semente do bloco de carnaval Loucura Suburbana, que até hoje desfila no carnaval carioca.