quinta-feira, dezembro 27, 2018

Sexo com menores passa a ser considerado estupro na Índia, mesmo dentro do casamento


A nova lei é um marco para as mulheres da Índia

A difícil situação vivida pelas mulheres na Índia.


Com mais de 1 bilhão de habitantes, o país asiático se tornou um dos locais mais inóspitos para uma mulher viver.

Com altos índices de estupros e violações por parte de homens de diferentes idades, as mulheres indianas se viram num beco que não oferecia outra saída senão a luta. Os obstáculos são muitos, mas não o suficiente para impedir conquistas históricas como a aprovação de lei que tipifica sexo com crianças como estupro.
A decisão foi tomada pela corte suprema da Índia, derrubando uma cláusula permitindo que os homens mantivessem relações sexuais com menores de idade caso eles fossem casados com elas. Oficialmente a idade para o sexo consensual era de 18 anos, mas em casos de casamento, garotas de 15 deveriam manter relações com seus parceiros. Mesmo contra sua vontade.aO fato se coloca como um marco na história do país que registra em média um estupro a cada 21 minutos. Assim, fica mais difícil que estupradores escapem da punição amparados pela justiça. Para representantes da corte suprema, a alteração é fundamental para a superação de uma cláusula permitindo que os homens mantivessem relações sexuais com menores de idade caso eles fossem casados com elas. Oficialmente a idade para o sexo consensual era de 18 anos, mas em casos de casamento, garotas de 15 deveriam manter relações com seus parceiros. Mesmo contra sua vontade.
O fato se coloca como um marco na história do país que registra em média um estupro a cada 21 minutos. Assim, fica mais difícil que estupradores escapem da punição amparados pela justiça. Para representantes da corte suprema, a alteração é fundamental para a superação de uma cláusula “discriminatória, capciosa e arbitrária e que viola a integridade corpórea das  crianças.”
As mulheres indianas estão provocando uma revolução no país

O feminismo pelos direitos das mulheres indianas

Ao mesmo tempo em que o machismo segue deixando marcas nas mulheres da sociedade indiana, uma onda feminista crescente está transformando a realidade de indianas.
No sentido de aumentar os direitos das mulheres pela equidade de gênero, a capital Nova Déli acaba de aprovar uma medida que reserva um terço dos assentos na câmara para parlamentares do sexo feminino. O projeto de lei tramita desde 1996.
Ao se tornarem cada vez mais presentes em espaços de poder, as mulheres vão ter condições de bater de frente com práticas históricas de um país calçado no machismo e que insiste em manter as mulheres, responsáveis por 40% do eleitorado, em segundo plano.
“Este julgamento é um marco que corrige um erro histórico contra as meninas. Como o casamento pode ser usado como critério que pune garotas?questiona ao site da BBC Vikram Srivastava, fundadora do grupo de campanha Independent Thought (Pensamento Independente).
Agora, mulheres menores de 18 anos vão poder prestar queixa acusando seus maridos de estupro. Mas atenção, é preciso realizar a denúncia em um prazo máximo de um ano.
“A sanção é um passo para proteger meninas de abuso e exploração de seus corpos tendo como cortina de fumaça seu status matrimonial. Talvez esta decisão corajosa inspire o governo indiano a tomar medidas protetivas como combater os abusos em todos os casamentos,” explica para o Global Citizen Divya Srinivasan, membra da associação para os direitos das mulheres Equidade Agora.  

A Índia ocupa a 10ª posição do ranking sobre casamento infantil. A pesquisa da organização Girls Not Brides (Crianças, não noivas) dá conta de que 47% das jovens estão casadas antes mesmo dos 18 anos completos. 

Histórias das mulheres, histórias feministas - Exposição no MASP, 2019

MASP TERÁ ANO DEDICADO ÀS "HISTÓRIAS DAS MULHERES, HISTÓRIAS FEMINISTAS"

O Museu de Arte de São Paulo terá um 2019 dedicado à reflexão dos valores de gênero dentro da história da arte e celebração das histórias e dos trabalhos de mulheres ao longo dos séculos. Confira a programação


O Museu de Arte de São Paulo terá um 2019 dedicado à reflexão dos valores de gênero dentro da história da arte e celebração das histórias e dos trabalhos de mulheres ao longo dos séculos. Confira a programação.

Djanira: a memória de seu povo

2º subsolo - março a maio, MASP

junho - outubro, Casa Roberto Marinho, Rio de janeiro
Curadoria: Isabella Rjeille, curadora-assistente, MASP, e Rodrigo Moura, curador-adjunto de
arte brasileira, MASP

Tarsila Popular

1º andar - abril a julho

Curadoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Fernando Oliva, curador, MASP

Lina Bo Bardi: Habitat

1º subsolo - abril a julho

Curadoria: José Esparza Chong Cuy, curador, Museum of Contemporary Art Chicago (MCA),
Julieta González, diretora artística, Museo Jumex, Cidade do México, e Tomás Toledo,
curador-chefe, MASP

Histórias das mulheres, histórias feministas

1º andar, 1º e 2º subsolo - agosto a novembro

Curadoria: Isabella Rjeille e Mariana Leme, curadoras-assistentes, e Lilia Schwarcz, curadora adjunta de histórias

Anna Bella Geiger (título a confirmar)

2º subsolo - novembro a março de 2020

Curadoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, e Tomás Toledo, curador-chefe

Leonor Antunes (título a confirmar)

1º subsolo - dezembro a março de 2020

Curadoria: Amanda Carneiro

Gego (título a confirmar)

1º andar - dezembro a março de 2020

Curadoria: Pablo Léon de La Barra, curador-adjunto de arte latino-americana, MASP, Julieta González, diretora artística, Museo Jumex, Cidade do México, e Tanya Barson, curadora-chefe, Museu d’Art Contemporani de Barcelona (MACBA)

O ciclo em torno das histórias das mulheres e histórias feministas terá, além das exposições, palestras, oficinas, filmes, seminários e outras atividades. A programação pode ser acompanhada no site do MASP.
MASP

Endereço: Avenida Paulista, 1578, São Paulo

Telefone: (11) 3149-5959
Horários: quarta a domingo, das 10h às 18h (bilheteria aberta até as 17h30); terça-feira, das 10h às 20h (bilheteria até 19h30)
Ingressos: R$35 (entrada); R$17 (meia-entrada).
Entrada gratuita às terças-feiras, durante o dia todo.
Esculturas praticáveis do belvedere Museu de Arte Trianon, 1968 - Estudo preliminar de Lina Bo Bardi em nanquim e aquarela sobre papel. Acervo MASP, doação Instituto Lina Bo e P. M. Bardi (Foto Divulgação)Adicionar legenda
Nos últimos anos, uma série de mostras e seminários foram elaborados em torno de histórias que englobam narrativas reais, fictícias, relatos pessoais e históricos. Nos três anos anteriores, o MASP apresentou exposições coletivas dentro de um eixo temático anual, Histórias da infância (2016), Histórias da sexualidade (2017) e Histórias afro-atlânticas (2018), recorde de visitação da atual gestão, com 180 mil visitantes.
O tema “Histórias das mulheres, histórias feministas” será pauta do programa de exposições do MASP em 2019. Ao longo do ano, terão exposições monográficas de Djanira da Motta e Silva, Tarsila do Amaral, Lina Bo Bardi, Anna Bella Geiger, Leonor Antunes, Gego e uma mostra coletiva internacional.