sábado, julho 20, 2019

Mulheres nordestinas que se destacaram


Dandara
Dandara foi uma guerreira negra do período colonial do Brasil. Após ser presa, suicidou-se se jogando de uma pedreira ao abismo em 6 de fevereiro de 1694, para não retornar à casa de seu algoz como escrava. Foi esposa de Zumbi dos Palmares e com ele teve três filhos.
Dandara dominava as artes da capoeira e além de lutar, participava de atividades cotidianas em Palmares, como a caça e a agricultura. No quilombo era praticada a policultura de alimentos como milho, mandioca, feijão, batata-doce, cana-de-açúcar e banana.
Dandara foi uma das organizadores do Quilombo. Forte e valente, Dandara mora no imaginário da população pernambucana até hoje. Uma das principais caras do feminismo negro e da cultura de resistência negra e nordestinaDandara
 

Adalgisa Rodrigues Cavalcanti

Filha de pequenos proprietários de terra, Adalgisa Rodrigues Cavalcanti nasceu em Glicério, estado de Pernambuco, no dia 28 de julho de 1907.
Na década de 1930, Adalgisa teve os primeiros contatos com a literatura marxista disponível na época. Como só havia cursado os quatro primeiros anos do ensino fundamental, os textos eram de difícil compreensão. Porém, ela foi auxiliada por um professor, que era seu amigo. Apoiou o Movimento da Aliança Liberal, que se sobressai através do carismático capitão Luís Carlos Prestes.
Em 1934, após ter tirado seu título de eleitora, iniciou sua militância partidária filiando-se ao “Socorro Vermelho”, um segmento do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que tinha como objetivo dar assistência moral, material e jurídica aos presos políticos.
Nas eleições de 2 de dezembro de 1945, candidatou-se à Assembléia Legislativa do estado, tendo sido eleita a primeira mulher deputada estadual de Pernambuco. Foi, ainda, a quinta mais votada pelo seu Partido. Teve 2.298 votos, a maioria da classe operária, superando, assim, vários candidatos de outros partidos influentes.