sábado, dezembro 29, 2018

Manuela Sáenz defensora dos direitos da mulher

Não tem sido fácil para a história da América independente incluir o nome de Manuela Sáenz em sua lista de heróis. Se sua condição de mulher tornava difícil, seu status de amante do Libertador complicava ainda mais as coisas. A historiografia do século XIX, temendo pela memória do "maior homem da América", seria responsável por omitir a presença dessa mulher em seu círculo.Com tudo e com isso, as anedotas se tornaram conhecidas, e a mesma história viu a necessidade de conceder a Manuela Sáenz a categoria de heroína.
Nasceu em 1795 em Quito, então uma cidade francesa, na qual os grandes salões que acolhem a aristocracia marcharam ao ritmo de uma concepção frouxa de moralidade e distrações entre crioulos e espanhóis, que logo se tornaria sangrenta. guerra entre patriotas e realistas. Ela era a filha natural de Simón Sáenz, um comerciante espanhol e monarquista, e María Joaquina de Aizpuru, uma linda filha de espanhóis de linhagem, que no futuro tomaria partido dos rebeldes.
Desde tenra idade, ela entrou em contato com uma série de eventos que incentivam o seu interesse na política. Em 1809, a aristocracia crioula já estava conspirando contra o poder dos hispânicos e, a partir de então, uma série de revoltas sangrentas começou a acontecer. Talvez as circunstâncias familiares levaram Manuela a optar por revolucionários: ela testemunhou desfiles de prisioneiros pela janela de sua casa e ficou maravilhada com as façanhas de Dona Manuela Cañizares, a quem ela considerava heroína quando soube que os conspiradores se encontraram clandestinamente sua casa
Por causa das próprias revoltas, porém, ela deixou a cidade para se refugiar com sua mãe na fazenda de Catahuango. Lá ela se tornou uma excelente amazona, enquanto sua mãe a ensinava a se comportar na sociedade e a lidar com as artes do bom vestido, bordados e confeitaria. Algum tempo depois ambos retornaram a Quito, e a mãe decidiu interná-la no convento de Santa Catalina; Eu tinha então dezessete anos de idade.
O fascínio de Manuela pela vida pública e seu ímpeto rebelde abandonariam prontamente o claustro do convento. Aprendeu a ler e a escrever, virtudes que lhe permitiam iniciar uma relação epistolar com seu futuro amante: Fausto Delhuyar, coronel do exército do rei. Com ele, ele escapou para descobrir mais tarde a infelicidade de sua infertilidade e a infelicidade de estar ao lado de um charlatão. A fofoca do amante significava que ele teria que se casar com James Thorne, um médico de quarenta anos que trocava com seu pai e a quem ele nunca amaria.

quinta-feira, dezembro 27, 2018

Sexo com menores passa a ser considerado estupro na Índia, mesmo dentro do casamento


A nova lei é um marco para as mulheres da Índia

A difícil situação vivida pelas mulheres na Índia.


Com mais de 1 bilhão de habitantes, o país asiático se tornou um dos locais mais inóspitos para uma mulher viver.

Com altos índices de estupros e violações por parte de homens de diferentes idades, as mulheres indianas se viram num beco que não oferecia outra saída senão a luta. Os obstáculos são muitos, mas não o suficiente para impedir conquistas históricas como a aprovação de lei que tipifica sexo com crianças como estupro.
A decisão foi tomada pela corte suprema da Índia, derrubando uma cláusula permitindo que os homens mantivessem relações sexuais com menores de idade caso eles fossem casados com elas. Oficialmente a idade para o sexo consensual era de 18 anos, mas em casos de casamento, garotas de 15 deveriam manter relações com seus parceiros. Mesmo contra sua vontade.aO fato se coloca como um marco na história do país que registra em média um estupro a cada 21 minutos. Assim, fica mais difícil que estupradores escapem da punição amparados pela justiça. Para representantes da corte suprema, a alteração é fundamental para a superação de uma cláusula permitindo que os homens mantivessem relações sexuais com menores de idade caso eles fossem casados com elas. Oficialmente a idade para o sexo consensual era de 18 anos, mas em casos de casamento, garotas de 15 deveriam manter relações com seus parceiros. Mesmo contra sua vontade.
O fato se coloca como um marco na história do país que registra em média um estupro a cada 21 minutos. Assim, fica mais difícil que estupradores escapem da punição amparados pela justiça. Para representantes da corte suprema, a alteração é fundamental para a superação de uma cláusula “discriminatória, capciosa e arbitrária e que viola a integridade corpórea das  crianças.”
As mulheres indianas estão provocando uma revolução no país

O feminismo pelos direitos das mulheres indianas

Ao mesmo tempo em que o machismo segue deixando marcas nas mulheres da sociedade indiana, uma onda feminista crescente está transformando a realidade de indianas.
No sentido de aumentar os direitos das mulheres pela equidade de gênero, a capital Nova Déli acaba de aprovar uma medida que reserva um terço dos assentos na câmara para parlamentares do sexo feminino. O projeto de lei tramita desde 1996.
Ao se tornarem cada vez mais presentes em espaços de poder, as mulheres vão ter condições de bater de frente com práticas históricas de um país calçado no machismo e que insiste em manter as mulheres, responsáveis por 40% do eleitorado, em segundo plano.
“Este julgamento é um marco que corrige um erro histórico contra as meninas. Como o casamento pode ser usado como critério que pune garotas?questiona ao site da BBC Vikram Srivastava, fundadora do grupo de campanha Independent Thought (Pensamento Independente).
Agora, mulheres menores de 18 anos vão poder prestar queixa acusando seus maridos de estupro. Mas atenção, é preciso realizar a denúncia em um prazo máximo de um ano.
“A sanção é um passo para proteger meninas de abuso e exploração de seus corpos tendo como cortina de fumaça seu status matrimonial. Talvez esta decisão corajosa inspire o governo indiano a tomar medidas protetivas como combater os abusos em todos os casamentos,” explica para o Global Citizen Divya Srinivasan, membra da associação para os direitos das mulheres Equidade Agora.  

A Índia ocupa a 10ª posição do ranking sobre casamento infantil. A pesquisa da organização Girls Not Brides (Crianças, não noivas) dá conta de que 47% das jovens estão casadas antes mesmo dos 18 anos completos. 

Histórias das mulheres, histórias feministas - Exposição no MASP, 2019

MASP TERÁ ANO DEDICADO ÀS "HISTÓRIAS DAS MULHERES, HISTÓRIAS FEMINISTAS"

O Museu de Arte de São Paulo terá um 2019 dedicado à reflexão dos valores de gênero dentro da história da arte e celebração das histórias e dos trabalhos de mulheres ao longo dos séculos. Confira a programação


O Museu de Arte de São Paulo terá um 2019 dedicado à reflexão dos valores de gênero dentro da história da arte e celebração das histórias e dos trabalhos de mulheres ao longo dos séculos. Confira a programação.

Djanira: a memória de seu povo

2º subsolo - março a maio, MASP

junho - outubro, Casa Roberto Marinho, Rio de janeiro
Curadoria: Isabella Rjeille, curadora-assistente, MASP, e Rodrigo Moura, curador-adjunto de
arte brasileira, MASP

Tarsila Popular

1º andar - abril a julho

Curadoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Fernando Oliva, curador, MASP

Lina Bo Bardi: Habitat

1º subsolo - abril a julho

Curadoria: José Esparza Chong Cuy, curador, Museum of Contemporary Art Chicago (MCA),
Julieta González, diretora artística, Museo Jumex, Cidade do México, e Tomás Toledo,
curador-chefe, MASP

Histórias das mulheres, histórias feministas

1º andar, 1º e 2º subsolo - agosto a novembro

Curadoria: Isabella Rjeille e Mariana Leme, curadoras-assistentes, e Lilia Schwarcz, curadora adjunta de histórias

Anna Bella Geiger (título a confirmar)

2º subsolo - novembro a março de 2020

Curadoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, e Tomás Toledo, curador-chefe

Leonor Antunes (título a confirmar)

1º subsolo - dezembro a março de 2020

Curadoria: Amanda Carneiro

Gego (título a confirmar)

1º andar - dezembro a março de 2020

Curadoria: Pablo Léon de La Barra, curador-adjunto de arte latino-americana, MASP, Julieta González, diretora artística, Museo Jumex, Cidade do México, e Tanya Barson, curadora-chefe, Museu d’Art Contemporani de Barcelona (MACBA)

O ciclo em torno das histórias das mulheres e histórias feministas terá, além das exposições, palestras, oficinas, filmes, seminários e outras atividades. A programação pode ser acompanhada no site do MASP.
MASP

Endereço: Avenida Paulista, 1578, São Paulo

Telefone: (11) 3149-5959
Horários: quarta a domingo, das 10h às 18h (bilheteria aberta até as 17h30); terça-feira, das 10h às 20h (bilheteria até 19h30)
Ingressos: R$35 (entrada); R$17 (meia-entrada).
Entrada gratuita às terças-feiras, durante o dia todo.
Esculturas praticáveis do belvedere Museu de Arte Trianon, 1968 - Estudo preliminar de Lina Bo Bardi em nanquim e aquarela sobre papel. Acervo MASP, doação Instituto Lina Bo e P. M. Bardi (Foto Divulgação)Adicionar legenda
Nos últimos anos, uma série de mostras e seminários foram elaborados em torno de histórias que englobam narrativas reais, fictícias, relatos pessoais e históricos. Nos três anos anteriores, o MASP apresentou exposições coletivas dentro de um eixo temático anual, Histórias da infância (2016), Histórias da sexualidade (2017) e Histórias afro-atlânticas (2018), recorde de visitação da atual gestão, com 180 mil visitantes.
O tema “Histórias das mulheres, histórias feministas” será pauta do programa de exposições do MASP em 2019. Ao longo do ano, terão exposições monográficas de Djanira da Motta e Silva, Tarsila do Amaral, Lina Bo Bardi, Anna Bella Geiger, Leonor Antunes, Gego e uma mostra coletiva internacional.

domingo, dezembro 23, 2018

O mistério da brutal morte de Hipatia, a primeira matemática da História



Esta é a história de um assassinato envolvo em mistério. E o enigma não é quem cometeu o crime, nem como, mas sim por quê. Em meados do primeiro milênio, uma mulher erudita foi despedaçada por uma multidão que usou telhas dos telhados e conchas de ostras para cortar a carne viva do seu corpo.
A vítima havia sido professora, conferencista, filósofa e matemática. E despertou a fúria de fundamentalistas cristãos. Era Hipatia, a primeira mulher matemática de que se tem conhecimento seguro e detalhado



O lugar do crime foi Alexandria, cidade fundada por Alexandre o Grande, em 331 antes de Cristo, e que se converteu rapidamente em um centro de cultura e aprendizado no mundo antigo.

Uma mulher excepcional

Como é comum ocorrer no caso de personagens da Antiguidade, o tempo dissipou muitas informações sobre Hipatia. Mas, diversas fontes históricas garantem que ela existiu.
Como poucas mulheres de sua época, Hipatia pode estudar porque era filha de um homem com formação educacional: Teón de Alexandria, astrônomo e prolífico autor, que editou e comentou obras de pensadores como Euclides.
Segundo o filósofo Damacius, Hipatia ultrapassou em muito o conhecimento do seu pai: "Ela não se contentou com a educação matemática que poderia receber de seu pai. Seu nobre entusiasmo a conduziu a outras fronteiras da filosofia".
Hipatia professava a filosofia do neoplatonismo e ensinava essas ideias com mais ênfase que os seguidores anteriores dessa corrente.
O historiador grego da Antiguidade Sócrates Escolástico concordava que a sabedoria de Hipatia era excepcional, assim como sua habilidade para falar em público: "Obteve tais conhecimentos em literatura e ciência, que sobrepassou muito todos os filósofos de sua época. Explicava os princípios da filosofia aos ouvintes, muitos dos quais vinham de longe para receber sua instrução".
"Frequentemente, aparecia em público na presença dos magistrados. E não se sentia envergonhada de ir a uma assembleia de homens. Pois, devido à sua extraordinária dignidade e virtude, todos os homens a admiravam".
A biblioteca de Alexandria ardeu mais de uma vez, perdendo para sempre materiais que poderiam revelar mais sobre Hipatia.

Inventou um novo e mais eficiente método para fazer grandes divisões

O trabalho de Hipatia era tão importante que ela se converteu na matemática mais importante de Alexandria – e, por extensão, provavelmente na principal matemática do mundo.
Há evidências históricas de que Hipatia fez suas próprias descobertas e inovações. Inventou, por exemplo, um novo e mais eficiente método para fazer grandes divisões. Não havia calculadoras na época, então, qualquer melhora na eficiência era muito bem vinda.
Além disso, Hipatia esteve envolvida na criação do astrolábio, uma espécie de calculadora astronômica que foi usada até o século 19, e o hidroscópio, um aparato para medir líquido. Nesses casos, Hipatia não foi responsável pela invenção, mas foi consultada para projetá-los.

Uma morte grotesca

Nunca se soube o que exatamente motivou o assassinato de Hipatia.
O que se sabe é que ela era amiga de Orestes. Mas, enquanto ele era um cristão tolerante, Hipatia era uma mulher pagã. Assim, acredita-se que correram rumores de que Hipatia seria uma influência maligna para Orestes, impedindo que ele se convertesse em um "verdadeiro cristão", como era Cirilo.
Fala-se, inclusive, que os conhecimentos astronômicos de Hipatia podem ter acabado agravando ainda mais a situação. Isso porque as observações astronômicas eram fundamentais para se decidir a data da Semana Santa. E, conjectura-se, os cálculos de Hipatia teriam assinalado uma data distinta da que havia sido anunciada por Cirilo, o que pôs a autoridade do bispo em xeque.
Então, conta a História, um grupo de cristãos obstruiu o caminho da carruagem de Hipatia quando ela ia para casa. Ela foi retirada do veículo, arrastada até uma igreja e despida.
Não se sabe se ela foi espancada até a morte ou esfolada viva. Os especialistas acreditam que a segunda hipótese é mais provável. A seguir, esquartejaram seu corpo e o queimaram, em uma simulação grotesca de um sacrifício animal para um deus pagão.
Um fim trágico para uma mulher incrível.
Na época, era inusitado que homens adultos viajassem para escutar uma mulher falar, mas isso ocorria com Hipatia

domingo, novembro 25, 2018

Casa de arte Yawanawá.

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Sonho idealizado pela líder espiritual e primeira mulher a desafiar e romper uma tradição que antes era apenas dos homens.

Essa casa significa um novo momento,
Um novo recomeço. De dentro de sua floresta, Hushahu Yawanawa poderá compartilhar cada vez mais seus estudos com a nova geração e com visitantes. Inspirando e nutrindo cada homem e mulher que com ela assim desejar aprender mais e ir mais fundo no estudo.

Mestra em várias artes, hoje reconheceremos a pintura. Hushahu pinta e cria, vê os kenes e da vida no papel, na roupa ou no corpo. Ela recebeu em visões depois de sua dieta os desenhos sagrados de seu povo, e devolveu esse saber que hoje é compartilhado por todos. Tanto na pintura corporal, como em desenhos ou tecendo nas missangas.

Amizades de grande afeto, convido vocês a conhecerem mais essa tradição e nos ajudar a contribuir o ara que esse sonho seja realizado. Precisamos alcançar a meta de 80 mil reais e contamos com tds voces para co realizarmos esse sonho. 

Por isso, apoie e compartilhe. “sonho que se sonha junto é realidade”.

Vamos apoiar o povo Yawanawá?

***

Art House Yawanawá.
Dream idealized by the spiritual leader and first woman to challenge and break a tradition that was once only of men.
This house means a new moment,
A new restart. From within its forest, hushahu will be able to share more and more her studies with the new generation and with visitors. Inspiring and nurturing every man and woman that with her so desires to learn more and go deeper in the study.
Master in several arts, today we will recognize the painting.

Hushahu paints and creates, sees kenes and life on paper, on clothing or on the body. She received in visions, after her diet, the sacred designs of her people, and she returned that knowledge that today is shared by all. As much in the corporal painting, as in drawings or weaving in the beads.
We invite you and your friends to learn more about this tradition. 

For this dream to be realized, we must reach the goal of 80 thousand reais. We count on your contribution to Co to realize this dream. So, support and share. For "dream that dreams together is reality".

Shall we support the Yawanawá people?
www.benfeitoria.com/casadearteyawanawa

Vem, gente! 🙏🏾🙌🏾

#yawanawa #casadearte #dream #art

Irmãs Mirabal - Símbolo Contra a Violência de Gênero

Hermanas Mirabal
"Se me matam, levantarei os braços do túmulo e serei mais forte".
Com esta frase, a ativista Minerva Mirabal, da República Dominicana, respondeu aos que a advertiram de que o regime do presidente Rafael Leónidas Trujillo (1930-1961) iria matá-la, no início da década de 1960.
O alerta se concretizou pouco depois. Em 25 de novembro de 1960, seu corpo foi encontrado no fundo de um barranco, no interior de um jipe, junto com os corpos de suas irmãs, Patria e Maria Teresa, e do motorista Rufino de la Cruz.
A promessa de Minerva parece ter sido cumprida: a morte das irmãs nas mãos da polícia secreta dominicana é considerada por muitos um dos principais fatores que levou ao fim do regime trujillista.
E os nomes das irmãs Mirabal se converteram em um símbolo mundial da luta da mulher.
A cada 25 de novembro, a força de Minerva, Patria e María Teresa se faz sentir. A data foi declarada pelas Nações Unidas como o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher, em homenagem às três irmãs.

A gota que encheu o copo

Conhecidas como "Las Mariposas" (as borboletas), essas mulheres nascidas em uma família rica da província dominicana de Salcedo (hoje chamada de Hermanas Mirabal) tinham formação universitária, maridos, filhos e cerca de uma década de ativismo político na época em que foram mortas.
Duas delas, Minerva e María Teresa, já haviam passado pela prisão em várias ocasiões. Uma quarta irmã, Bélgica Adela "Dedé" Mirabal, que morreu em 2014, tinha um papel menos ativo na oposição e conseguiu salvar-se.
"Elas tinham uma longa trajetória de conspiração e resistência, muitas pessoas as conheciam", explica para a BBC Mundo Luisa de Peña Díaz, diretora do Museu Memorial da Resistência Dominicana (MMRD).

quinta-feira, novembro 08, 2018

MULHERES TOMAM DIANTEIRA NAS ELEIÇÕES DOS ESTADOS UNIDOS

MUITO BOM ESSE TEXTO - NO FACEBOOK - DA JORNALISTA E PRODUTORA CULTURA BETH SALGUEIRO
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Foi emocionante a vitoria dos democratas ontem nos Estados Unidos. Eles conseguiram tomar dos republicanos as 23 cadeiras necessárias para ter maioria na Câmara, ainda que os republicanos tenham mantido o Senado.
Não compreendo muito como funciona o sistema eleitoral americano, mas sei que foi uma derrota para Trump, que agora vai encontrar pela frente uma oposição forte e que tem apoio de grande parte da população.
Seis dos eleitos me deixaram particularmente feliz:
1. Alexandria Ocasio-Cortez, de 29 anos e origem porto riquenha, que se tornou a congressista mais jovem da historia dos Estados Unidos. Alexandria é socialista e defende com orgulho suas raízes e o fato de ter vindo da classe trabalhadora.
2. Ilhan Omar e Rashida Tlaib, as duas primeiras muçulmanas eleitas para o Congresso. A primeira é refugiada somali e a segunda é filha de pais palestinos. Elas fizeram campanha de hijab, aquele lenço que as muçulmanas usam na cabeça.
3. Sharice Davids e Deborah Haaland, primeiras mulheres indígenas a chegarem ao Congresso. Advogada de minorias, Davis já foi lutadora de artes marciais e é lésbica declarada. Deb Haaland foi eleita representando os povos do Pueblo of Laguna, uma das maiores tribos americanas.
4. Jared Polis, um dos sete governadores democratas eleitos, é o primeiro homem abertamente homossexual a governar um estado americano, o Colorado, que há sete anos é comandado pelos republicanos.
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Ou seja, eles representam as minorias - refugiados, latinos, indígenas, árabes, gays e mais gays. Tudo o que Trump vem combatendo com fervor nesses dois anos na presidência.

Dá até uma esperança pra gente aqui, no lado de baixo do equador...

domingo, setembro 30, 2018

Morreu ângela Mari, a grande cantora da "Era do Rádio"

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Ângela Maria foi uma das cantora  Cantoras que surgiu na "Era do Rádio e que se tornou um enorme sucesso com sua voz inimitável durante décadas seguidas dos meados do século XX em diante.

sábado, setembro 08, 2018

Setembro: mês da Mulher Indígena


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As Mensageiras: Primeiras Escritoras do Brasil

Maria Firmina dos Reis, Nísia Floresta, Júlia Lopes de Almeida, Carmem Dolores, Emília Freitas, Amélia Bevilacqua... 
As precursoras das nossas letras vão ganhar a Câmara dos Deputados de 12 a 26 de setembro. 
A exposição "As Mensageiras: Primeiras Escritoras do Brasil" pretende resgatar a memória de vinte escritoras importantes para a nossa literatura e que, por muito tempo, foram silenciadas pela historiografia e pela crítica literária.

A curadoria da mostra é de Maria Amélia Elói.
Confira o catálogo da exposição no link 👉goo.gl/Af5Jku


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quarta-feira, agosto 22, 2018

VI E NÃO GOSTEI!!!!!!!

Semana passada, fui assistir a peça “Nossas Mulheres”, cujo título me despertara curiosidade, pois segundo divulgação na internet, só havia no elenco, apenas três (03) atores (masculinos).
Pensei, então, no porquê de tal título Nossas Mulheres com tratamento gramatical no pronome possessivo. Subtendia, no caso, que as pessoas mulheres intituladas seriam objeto de posse, ou seja, pertenceriam aos três personagens homens?
Minha curiosidade acresceu mais ainda, quando ao chegar ao teatro e ler o programa da peça, onde, ao informar sobre o espetáculo, lá estava escrito, entre outras coisas, que a (comédia) “ao contrário do que sugere o título, direciona o olhar do espectador para o comportamento das três personagens masculinas” (aqui cabe um adendo: faltou incluir no texto, o olhar “do Público” espectador, porquanto, no dia em que fui assistir, a plateia era, predominantemente, mulheres e, a maioria delas, idosas).
Em outra página do programa havia um destaque sobre AMIZADE – ÉTICA e FEMINICÍDIO denotando que “a peça trata desses três temas através do olhar e da narrativa masculina” (...) “de 3 velhos amigos” (...) “devido a um crime cometido por um deles”. O texto finaliza, dizendo esperar que, a peça “possa contribuir para discussões sobre o comportamento masculino na sociedade moderna, sobre o respeito às mulheres e sobre as liberdades individuais”.
Mas, aí, eu já estava cabreira com o uso do feminicídio expressado em tom de comédia. Porém, não tinha ideia do que viria pela frente até ter assistido, muito a contragosto, a peça e me questionando todo o tempo, se valia a pena ficar até o final.
Resumindo, o texto em minha opinião é um escracho, do início ao fim. É uma comédia de mau gosto que naturaliza no decorrer do enredo as várias formas de violência física, moral e psicológica à mulher, mesmo diante do final inesperado, que a meu ver, exalta o suposto assassino.  
E, apesar de ter como  intérpretes, três excelentes atores, experientes e talentosos, os quais, possuem o perfeito domínio cênico no palco, além de, serem dotados de um ótimo timing na encenação humorística, ao ponto de fazer a plateia rir às gargalhadas, de algo tão sério, como é o Feminicídio, em tudo por tudo, deixa muito a desejar. Basta ver o modo como o tema é tratado nesse espetáculo teatral. O texto é demasiadamente agressivo e, totalmente, inapropriado. Principalmente, se levarmos em conta o momento atual.  Estamos vivenciando  uma incidência enorme nos crimes de gênero, em que mulheres são assassinadas, não só no nosso país, mas no mundo inteiro. O feminicídio – tipo de violência que já está contida no Código Penal brasileiro é considerado crime hediondo, quando se trata de assassinato praticado contra as mulheres, motivado pela condição de gênero e causado pelos sentimentos de desprezo, posse e ódio ao sexo feminino. E, também, quando tal crime envolve menosprezo e discriminação à mulher, causa primordial da violência doméstica e familiar. Esse crime, que tem atingindo proporções significativas da população feminina em todo o mundo, continua a ceifar a vida de tantas e tantas mulheres no Brasil. Tanto que, no ranking mundial de mortes de mulheres, nosso país está na quinta maior posição no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Logo, não entendo porque usar essa triste e nefanda ocorrência do Feminicídio, para fazer comédia, nem mesmo que seja como dizem no programa da peça, ser a melhor forma de “contribuir para a discussão sobre o comportamento masculino na sociedade moderna”,  (pelo que vi nada houve que levasse a essa contribuição), principalmente, no que se refere ao relacionamento  desses tipos de homens, com as companheiras na vida em comum e, muito menos, sobre o “respeito às mulheres”.  Para mim, o bate-papo que se dá entre amigos durante a encenação, não passou de um exercício perverso de linguagem misógina, o qual, só fez  ratificar a superioridade da palavra do homem, sempre quando se trata de hostilizar, menosprezar e depreciar a mulher que por  na peça ser uma figura invisível, não tem nem vez, nem voz. E tenho dito aqui, minhas impressões de desagrado total.

quinta-feira, agosto 16, 2018

Marie Curie é eleita a mulher mais influente da história


A lista feita pela BBC também inclui nomes como Rosa Parks, Jane Austen, Simone de Beauvoir e Madre Teresa de Calcutá - Por Rafael Battaglia em 10 ago 2018 


Bicampeã do Nobel

Marie Curie (1867-1934) foi uma das principais cientistas da sua época, responsável por descobertas notáveis e importantes até hoje. Nascida na Polônia, ela teve uma infância difícil. Sua família era pobre e, para bancar os estudos, revezava-se com a irmã: enquanto uma trabalhava, a outra ia para a faculdade.
Formada em física e matemática pela Universidade de Paris, Marie e seu marido, Pierre, receberam o Nobel de Física de 1903 ao lado de Henri Becquerel pela descoberta da radioatividade – e por cunharem e definirem o termo. Em 1911, ela foi laureada com o Nobel de Química após ter descoberto dois elementos, o rádio e o polônio. Com isso, entrou para a seleta lista de pessoas que conquistaram o “bicampeonato” na premiação – e foi a única a ganhar em áreas científicas diferentes.

terça-feira, agosto 14, 2018

sexta-feira, agosto 03, 2018

PELA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO BRASIL, JÁ.

IMPERDÍVEL ESSE EVENTO QUE LUTA POR MENOS MULHERES MORTA E HUMILHADAS NA SUA DIGNIDADE DE PODER ESCOLHER
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Opinião é de Françoise Girard, presidente da International Women’s Health Coalition: "Sabendo que banir o aborto não fará com que ele desapareça, a criminalização acaba tendo como alvo as mulheres mais pobres e marginalizadas".
Françoise Girard é presidente da International Women’s Health Coalition (IWHC), ou, em português, Coalizão Internacional da Saúde da Mulher, uma organização não governamental fundada em 1984 com sede em Nova York. É, como o nome diz, uma instituição que se concentra em questões relacionadas aos direitos humanos, saúde e igualdade de mulheres e meninas.

quinta-feira, agosto 02, 2018

Festival de Cinema Nacional na Chapada dos Guimarães - TUDO SOBRE MULHERES

Muito cinema sobre o universo feminino, shows com Hendson SantanaEstela CerFidel Fiori, Roda de Conversa, Roda de Samba com Deize Águena MoreiraJuliane Grisólia, peça de teatro Inhamor com Thereza Helena S N, apresentação de dança contemporânea com Oz Ferreira, Grupo de Siriri, Curso de Teoria de Séries com a maravilhosa Julia Leme Priolli. Serão cinco noites e quatro dias lindos! Que venha o Tudo Sobre Mulheres 2018!
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Já imaginou ir num festival com Cinema nacional, teatro, dança, roda de samba, shows e rodas de conversa
DE GRAÇA e bem pertinho de você? 
O Tudo Sobre Mulheres é o que você procura!
De 5 a 9 de Setembro, em Chapada dos Guimarães 
Vai rolar muita arte! 

DADI JANKI - Uma Mulher de Uma Mente Extraordinária!!!!

Namastê!
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Uma yoguini indiana, DADI JANKI, de 86 anos, foi considerada pelo Instituto de Pesquisa Médica e Cientifica da Universidade do Texas, como a "mente mais estável do mundo" porque, mesmo testada em situações tensas e perigosas, seu eletroencefalograma marcou a presença constante de ondas delta, as ondas mais positivas e lentas produzidas pela atividade cerebral.
Ela recebeu da ONU o título, muito raro de ser concedido, de Guardiã do Planeta, por seu trabalho em prol de mentes mais livres e pacíficas.

Quando lhe perguntaram, em sua visita a São Paulo, a receita de uma mente tão tranquila e sem pesos, ela respondeu:

“Muito amor no coração por todos e nenhum apego por ninguém, tentar não prejudicar pessoa alguma minimamente e eliminar da mente qualquer pensamento negativo, fazendo um exercício diário e ter a certeza de que não estamos aqui à toa, mas para cumprir o destino da evolução. Que somos caminhantes, sem dependências ou estabilidades. Quem não percebe isso se torna escravo do desnecessário e polui a mente".