quarta-feira, março 07, 2018

Protagonismo da Mulher na Literatura: Joyce Carol Oates

Joyce Carol Oates - considerada por sua obra romancista feminista, nasceu em 1938, na pequena comunidade rural de Millesport, a norte da cidade de Bufallo, estado de Nova Iorque. Filha de um designer de objetos em metal e de uma doméstica com ascendência húngara.  Cresceu também na companhia da avó paterna, Blanche, cujas biografia e ascendência judaica serviram de base para o romance A Filha do Coveiro (JCO diz não conseguir lê-lo, sem ficar com os olhos cheios de lágrimas!). Decidiu a publicar seus romances - que já escrevia muitos anos atrás - aos 25 anos anos e estreou-se como escritora, com o livro de contos By the North Gate. Na sua obra futura, permaneceriam sempre latentes as memórias familiares e a infância (pobre, mas feliz; a minha escrita teria sido completamente diferente, se eu tivesse uma origem urbana ou de classe média-alta)Como já a sua mãe o fizera. Joyce estudou na pequena sala de aulas da comunidade, dirigida por uma professora «heroica, uma espécie de amazonas». Depois, tornou-se o primeiro elemento da família a completar o liceu e uma licenciatura (na Universidade de Wisconsin).  Publicou mais de 40 romances em nome próprio, oito como Rosamond Smith, três como Lauren Kelly, 11 novelas, 36 antologias de contos, 14 livros de ensaio, nove de teatro, nove infanto-juvenis e oito de poesia. 
Desde sempre, tudo o que Joyce Carol Oates escreve suscita, em simultâneo, os entusiasmos mais efusivos e as críticas mais virulentas. A única exceção surgiu logo no início da carreira, em 1966, com aquela que se mantém a sua ficção mais aclamada: «Where are you going, where have you been», sobre Connie, uma moça de 15 anos que abandona a casa dos pais, seduzida e ameaçada por um homem adulto, personagem inspirada no serial killer Charles Schmid. Escrito após a autora ter escutado a canção It’s All Over Now, Baby Blue, de Bob Dylan, este pequeno conto enigmático,  foi dedicado ao cantor e adaptado ao cinema em 1985.