sábado, março 07, 2020

Sabedoria ancestral das benzedeiras mostra poder das ervas


Ao longo dos séculos, a benzedeira ganhou um papel primordial nesta
prática ao dominar o conhecimento sobre as rezas, os rituais e as ervas


Saber benzer uma pessoa, um animal e até um objeto é um ato sublime de fé e de cura, para muitos é uma missão de vida. São pessoas que costumam falar: “Eu que te benzo, Deus que te cura”, e elas fazem parte de um patrimônio cultural imaterial vinculado ao divino, que corre o risco de se perder.

A tradição de benzer começou aqui no Brasil na época de seu descobrimento com a vinda dos jesuítas. Ao longo dos séculos, as mulheres ganharam um papel primordial nesta prática ao dominar o conhecimento sobre as rezas, os rituais e as ervas. Elas sintetizavam os saberes das culturas africana, indígena e europeia. Eram referência em suas comunidades, representavam o poder do feminino além de serem importantes para a identidade cultural.
Em lugares distantes, sem médicos e sem farmácias, a população recorria à estas profissionais, que cuidavam desde “ventre virado” a partos.

Apesar de todo este saber, estas mulheres não tinham um estudo formal, pouca escolaridade e por conta disso eram vistas como charlatãs, passando por um processo de deslegitimação. A academia (escolas de medicina) tomou posse deste saber descartando os rituais e a espiritualidade que permeiam esta prática. Com isso, elas se tornaram vítimas do preconceito.

Em 2008 foi feito um mapeamento no estado do Paraná destas mulheres que resultou no 1º Encontro de Rezadeiras, benzedeiras e parteiras na cidade de Rebouças. E dois anos depois, a Câmara Municipal de Rebouças aprovou a Lei 1.401, que reconhece os conhecimentos das benzedeiras como ofício tradicional de saúde popular, reconhecendo a sua importância para a saúde pública, garantindo-lhes o direito de exercerem os seus saberes e o livre acesso a coleta de plantas medicinais nativas.

Ao longo dos anos, a medicina tradicional tem se rendido à premissa de que somos corpo, mente e espírito. Os exemplos que vemos são: postos de saúde com hortas medicinais, benzedeiras como agentes de saúde, médicos que incentivam o cultivo da fé e que também rezam antes de começar a trabalhar.

Espalhados de norte a sul, estes homens e mulheres têm como ponto de partida a espiritualidade, que segundo eles têm que ser praticada com muita calma, fé e verdade, em especial por parte dos pacientes, para que os objetivos sejam atingidos. Durante a prática é comum as benzedeiras bocejarem, tremerem, sentirem dores no corpo por causa da energia trazida pelo paciente.

Velas, copos com água e ramos de ervas sempre são usados e para cada caso, um tipo de oração e de erva correspondente. O benzimento pode ser feito até mesmo à distância, há relatos de uma benzedura feita por vídeo chamada de celular numa situação de urgência.

Contudo, o grande temor destas profissionais de saúde é o desparecimento da prática da benzedura, pois as novas gerações não têm se interessado em aprender a rezar, nem em conhecer as ervas.
Todo mundo já deve ter ouvido falar em fitoterapia, em que plantas medicinais são usadas para o tratamento de doenças, baseando-se no princípio químico da planta.

Uma planta em sua formação consegue absorver grande parte da energia vital presente na atmosfera, que por sua vez fica retida na sua estrutura essencial. Sendo assim, qualquer vegetal possui uma grande quantidade de energia vital acumulada, que também podemos chamar de energia potencial. Obter os benefícios desta energia potencial, desta energia sutil contida.

Quando a energia é despertada, ela oferece ao seu manipulador a possibilidade de ser impregnada com a intenção que se deseja, e por isso que a pessoa que manipula essas energias precisa ter ótimo foco mental, intenções superiores e acima de tudo, elevado padrão moral, já que qualquer planta poderá ser utilizada como geradora de campo energético sutil. A força vital potencial é a substância que dá forma e direção a magia com as plantas.

A técnica mestre de ativação deste poder oculto é através do Reiki impostando as mãos sobre as ervas e mentalizando um facho de luz prata, que sai da sua cabeça e incide sobre as ervas e um facho de luz verde que sai do seu coração também incidindo sobre as ervas. Imagine estes fachos piscando alternadamente sobre a erva que será trabalhada.

Outras dicas: tome um chá com intenção positiva e elevação mental. Faça desses momentos uma meditação e um ritual de conexão espiritual.

Cuide do seu jardim ou de seus vasos com uma atitude positiva, tornando-se sensível a essas vibrações que podem ser despertadas sobre você.

Queime um incenso com alegria e paz no coração, consciente que a força das plantas contidas ali envolverá o seu espírito. Sinta essa energia com gratidão a na sua estrutura é o que se chama de fito-energética.


Mulheres na faixa dos sessenta anos, feministas e militantes exigem políticas públicas elaboradas para "o estágio mais longo da vida"


Confirmado  Alice
Alicia, La Turca e Raquel, acham um horror que lhes chamem de velha

Nem netos,nem crochês. "Queremos fazer a revolução das velhas"
Elas se acham  mulheres que estão passando por "um dos estágios mais longos da vida. 
Decidiram, portanto, que havia chegado o momento de ressignificar o termo, acrescentar uma conotação de amor e começar a exigir as políticas públicas necessárias à qualidade de vida de uma geração considerada “filha das mães dos lenços brancos e mãe de as filhas dos lenços verdes. Na próxima segunda-feira, eles se juntarão à marcha do Dia Internacional das Mulheres Trabalhadoras com seus lenços de prata. Chegou a hora da "Revolução das Mulheres Idosas".





Leiam toda reportagem em: La Capital 

Rosa Luxemburgo: Um legado para as feministas? Mulher que sonhava a revolução: "A liberdade é sempre a liberdade para o que pensa diferente"

Cem anos atrás era assassinada com um tiro na cabeça a Rosa vermelha da esquerda que tinha dedicado toda a sua existência à luta pela emancipação de trabalhadores e das mulheres.

Em O sufrágio das mulheres e a luta de classes de 1912, Luxemburgo constrói um argumento teórico importante que é relevante para os debates correntes. Ela escreve o seguinte:
“Apenas é produtivo aquele trabalho que produz mais valia e rende lucro capitalista – enquanto o domínio do sistema de capital e de salário se mantiver. Deste ponto de vista uma dançarina num café, que produz lucro para o seu patrão com as suas pernas, é uma mulher trabalhadora produtiva, enquanto que todas as tarefas das mulheres e mães do proletariado dentro das quatro paredes de casa é considerado trabalho improdutivo. Isto soa cru e louco mas é a expressão precisa da crueza e da loucura da ordem económica capitalista de hoje.”
"Não somente os comunistas em torno do mundo honrarão sua memória, mas sua biografia e sua obra completa servirão como úteis manuais para formar muitas gerações dos comunistas em torno do mundo”, escreveu o líder da Revolução RussaVladimir Lenin. Palavras premonitórias: cem anos depois daquela morte brutal, Rosa Luxemburgo ainda é reconhecida como uma das mentes mais brilhantes da ideologia marxista.
Sem esquecer que as relações entre Luxemburgo e Lenin não tinham sido as melhores: Rosa não acreditava na ideia de impor "a emancipação" do proletariado de cima ou na vanguarda do partido que lidera as massas para a revolução. 
Sua primeira revolução tinha sido contra as circunstâncias. Ela tinha nascido judia, mulher e com uma deficiência na perna, em Zamosc, na Polônia controlada pelo Império Russo. Mas não deixou que isso a definisse. Inscrita no Proletariat polonês aos 15 anos de idade, voou para a Suíça antes de se estabelecer em 1898 em Berlim para estar - ela acreditava - no centro da luta comunista.
Quando a primeira Guerra Mundial eclodiu, depois de anos de militância no Partido Social Democrata, ela tomou partido na frente pacifista e, juntamente com Liebknecht criou o Grupo Internacional, que mais tarde se tornou a liga Espartaquista e, finalmente, o núcleo do Partido Comunista alemão.
Em 1916, ela foi presa durante uma greve e sentenciada a dois anos de prisão, mas continuou a escrever e incitar mesmo por trás das grades. Em uma carta da prisão, ela escreveu: "Permanecer um ser humano é a coisa mais importante de todas... Permanecer um ser humano, ou seja, lançar, se necessário, alegremente a própria vida sobre a grande balança do destino, mas ao mesmo tempo alegrar-se com cada dia de sol, com cada bela nuvem... O mundo é tão bonito, apesar de todos os horrores e seria ainda mais bonito se não houvessem na terra os fracos e covardes”.
E ainda, no ensaio "A Revolução Russa", muito crítico em relação a Lenin e os bolcheviques (a ponto de ser publicado na Alemanha Oriental apenas em 1974): "A liberdade apenas para os partidários do governo, apenas para os membros de um partido, por muitos que sejam, não é liberdade. A liberdade é sempre a liberdade para o que pensa diferente".
Quem sabe o que teria acontecido se Rosa não tivesse sido assassinada. Talvez a história tivesse tomado um rumo diferente: talvez a Europa não tivesse conhecido o fascismo ou o comunismo não teria desaguado na ditadura. Nunca o saberemos.
Como escreveu o poeta alemão Bertold Brecht:
A Rosa vermelha desapareceu
Para onde ela foi é um mistério.
Porque ao lado dos pobres combateu
Os ricos a expulsaram do seu império.

fONTR: REVISTA IHU ON-LINE

Clara Zetkin: Grande organizadora das mulheres trabalhadoras e socialista

Clara Josephine Zetkin, nascida Eißner, foi uma professora, jornalista e política marxista alemã. É uma figura histórica do feminismo. Foi uma das fundadoras e dirigentes do Socorro Vermelho Internacional. (Wikipédia)

Clara era feminista e antifascista. Ela incentivou  o Dia Internacional da Mulher

Das significativas na história de Clara
Nascimento: 5 de julho de 1857 
Morte: 20 de junho de 1933
  • 1891: Com sua amiga íntima de Rosa Luxemburgo, assassinada em Berlin em 1919, editou entre 1891 e 1917 o jornal “Die Gleichheit” (A Igualdade), uma revista bimensal para mulheres operárias.
  • 1907: Naquele ano, 10.500 mulheres formavam parte do SPD e criaram a primeira Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Stuttgart, Alemanha, onde fundaram a Internacional Socialista das Mulheres, cuja Zetkin se tornou a Secretária Internacional.
  • 1916: Durante a Primeira Guerra Mundial, foi abertamente antibelicista e presa diversas vezes por ser contrária a guerra. Essa posição a leva romper com o SPD e no mesmo ano se torna uma das fundadoras do Partido Socialdemocrata Independente Alemão (USPD).
  • 1919: Participa da Revolução Alemã e se une ao Partido Comunista Alemão (KPD).
  • 1920: Entrevista Lenin e publica seu famoso artigo “Lenin sobre a questão feminina”. Zetkin se torna esse ano deputada do KPD no Congresso da República de Weimar.
  • Entre 1921 e 1933 ocupa diferentes postos dentro da esquerda alemã, tanto nos órgãos do partido como no Comitê Internacional Socialista.
  • 1933: Diante da chegada dos nazistas ao poder se exila na União Soviética.
No inicio do século 20, o incipiente movimento feminista começa a se organizar no interior das fábricas na Europa e nos EUA visando deflagrar uma campanha dentro do movimento socialista para reivindicar melhores condições de trabalho — que eram ainda piores que a dos homens proletarizados, chegando a ter jornadas de 16h por dia, seis dias por semana. 
Enquanto crescia o movimento no interior das fábricas, a marxista Clara Zektin propôs, em agosto de 1910, na Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, a criação de uma jornada de manifestações anualmente, a fim de paralisar as fábricas para chamar a atenção da sociedade às demandas feministas. A conferência, realizada em Copenhague, Dinamarca, reuniu mais de 100 mulheres de 17 países que pertenciam a sindicatos, partidos socialistas, associações de trabalhadoras e as 3 primeiras mulheres eleitas no parlamento da Finlândia. A proposta de Zetkin foi aprovada e assim se celebrou pela primeira vez na Áustria, Dinamarca, Suíça e Alemanha o Dia Internacional da Mulher.
Clara Zetkin morre aos 76 anos em Moscou, capital russa, em 20 de junho de 1933. Em sua vida pessoal, teve filhos com o revolucionários russo Ossip Zetkin, que faleceu em 1889. Posteriormente, se casou com o pintor alemão Georg Friedrich Zundel, 18 anos mais jovem que ela, até o divorcio que aconteceu em 1927.