domingo, novembro 25, 2018

Irmãs Mirabal - Símbolo Contra a Violência de Gênero

Hermanas Mirabal
"Se me matam, levantarei os braços do túmulo e serei mais forte".
Com esta frase, a ativista Minerva Mirabal, da República Dominicana, respondeu aos que a advertiram de que o regime do presidente Rafael Leónidas Trujillo (1930-1961) iria matá-la, no início da década de 1960.
O alerta se concretizou pouco depois. Em 25 de novembro de 1960, seu corpo foi encontrado no fundo de um barranco, no interior de um jipe, junto com os corpos de suas irmãs, Patria e Maria Teresa, e do motorista Rufino de la Cruz.
A promessa de Minerva parece ter sido cumprida: a morte das irmãs nas mãos da polícia secreta dominicana é considerada por muitos um dos principais fatores que levou ao fim do regime trujillista.
E os nomes das irmãs Mirabal se converteram em um símbolo mundial da luta da mulher.
A cada 25 de novembro, a força de Minerva, Patria e María Teresa se faz sentir. A data foi declarada pelas Nações Unidas como o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher, em homenagem às três irmãs.

A gota que encheu o copo

Conhecidas como "Las Mariposas" (as borboletas), essas mulheres nascidas em uma família rica da província dominicana de Salcedo (hoje chamada de Hermanas Mirabal) tinham formação universitária, maridos, filhos e cerca de uma década de ativismo político na época em que foram mortas.
Duas delas, Minerva e María Teresa, já haviam passado pela prisão em várias ocasiões. Uma quarta irmã, Bélgica Adela "Dedé" Mirabal, que morreu em 2014, tinha um papel menos ativo na oposição e conseguiu salvar-se.
"Elas tinham uma longa trajetória de conspiração e resistência, muitas pessoas as conheciam", explica para a BBC Mundo Luisa de Peña Díaz, diretora do Museu Memorial da Resistência Dominicana (MMRD).

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